Palestras de Sucesso Entrevista Andreza Leite

1- Querida Palestrante Andreza Leite, agradecemos muito sua gentileza em nos atender. É um prazer tê-la como parte integrante do time de palestrantes que mais cresce no Brasil. 

Você é a mente criadora por trás de uma metodologia interessante e poderoso conceito denominado Inteligência Empreendedora. Conta pra nós um pouco da sua trajetória até desenvolver o conceito, como você o define e de que forma ele tem ajudado empreendedores a conquistarem resultados assertivos no mundo dos negócios? 

Eu atuo diretamente com empreendedores há 11 anos. Inicialmente eu era editora de uma revista focada em empreendedorismo e negócios do setor joalheiro, onde entrevistei e tive contato com centenas de empresários que atuam no ramo de jóias, semijoias, bijuterias, optica e acessórios de moda.

Em 2016 ministrei meu primeiro treinamento para equipes comerciais e então passei a prestar consultoria para empresas de todo o país com foco em estratégias comerciais. Com isso, eu percebi que não adianta nada uma equipe se aperfeiçoar se a liderança não sustenta tais mudanças. Foi então que eu comecei a rastrear comportamentos de empreendedores que tinham resultado em relação aos que não tinham e cheguei ao resultado que deu origem ao conceito de inteligência empreendedora.

Dentro do conceito de inteligência empreendedora, há o Mapa das Habilidades da Inteligência Empreendedora, no qual a pessoa começa com uma profunda autoanálise e identifica seus pontos fortes e pontos a desenvolver. 

Este mapa foi definido a partir de todas as características mapeadas por mim ao longo de todos estes anos de atuação e pesquisa junto a empreendedores de sucesso. Com isso, tanto empreendedores como líderes são capazes de desenvolver uma maior autonomia, agilidade na tomada de decisão e assertividade, pois após a autoanálise traçamos um plano de ação para desenvolver habilidades individuais.

2- Andreza, de que maneira você enxergou as oportunidades de crescimento no ápice da pandemia? No cenário atual, como você enxerga o segmento de palestras corporativas? 

Desde 2018 eu venho me posicionando no ambiente on-line como produtora de conteúdo e criadora de conteúdo digital.

Na verdade, desde quando eu era editora de revista, eu me empenhava no posicionamento on-line pois sabia do crescimento e das oportunidades do digital. Quando aconteceu o primeiro lockdown eu já tinha centenas de alunos e clientes espalhados pelo Brasil, além de muitos seguidores que confiavam (e confiam) em meu trabalho. 

Foi então que me senti no dever de parar de fazer qualquer tipo de oferta e comecei a fazer lives para ajudar essas pessoas que se sentiram totalmente perdidas e sem rumo. Isso fez com que meu trabalho tivesse um reconhecimento e credibilidade ainda maiores, pois eu de fato segurei na mão de cada aluno, de cada cliente e de cada seguidor no pior período da pandemia. 

O crescimento não foi uma estratégia, foi uma consequência de um ato natural meu diante de todo este cenário.

Atualmente eu enxergo o segmento de palestras corporativas como uma oportunidade, uma vez que agora, mais do que nunca, as pessoas estão sedentas de contato físico e de olho no olho.

3- Quais são os pilares  de um gestão estratégica com foco em crescimento de vendas? 

Planejamento eficaz, atenção com equipes comerciais e cuidado com o cliente. Estes são os 3 principais pilares para uma gestão estratégica de crescimento. Porém, de nada adianta se não houver o movimento, a ação, a proatividade para buscar resultados.

4- Sobre uma de suas referências, Luiza Helena Trajano: qual a importância desse nome e quais as principais lições e inspirações podemos tirar do trabalho que ela desenvolve? 

Ela é uma das empreendedoras que mais admiro, primeiro por sua história e por tudo o que ela construiu, mas principalmente pela sua humildade de estar em constante contato com colaboradores do chão de vendas e por saber escutar clientes. Mesmo estando na posição que ela conquistou, ela não abre mão desse contato pessoal com clientes e com as pessoas mais importantes de um varejo: os vendedores.

5- É notório que autorresponsabilidade e autodesenvolvimento dos membros da equipe, são fatores cruciais e muitas vezes, determinantes em uma empresa, pois resultam, via de regra, em um maior engajamento e comprometimento com a organização. Quais estratégias o líder ou gestor deve adotar para ajudar a promover essas soft skills no time? 

O líder precisa dar abertura para que sua equipe traga sugestões, deve estimular a criatividade da equipe com atividades e dinâmicas, deve estar aberto ao debate e ao confronto (positivo) de ideias diferentes. Líderes não podem jamais oprimir seus liderados, pois a opressão não gera times fortes e autorresponsáveis.

6- Qual seu conselho para uma empresa que está lidando com um elevado fluxo de turnover? O que fazer para diminuir essa rotatividade, que costuma prejudicar a produtividade e também o trabalho em equipe dentro da organização? 

Falta de cultura, falta de propósito dos gestores e, certamente, a falta de espaços para diálogos são cruciais para um aumento no turnover, o que acarreta não só prejuízos financeiros à empresa, mas também prejuízo na reputação do negócio perante seus steakholders. Logo, se um gestor não quer perder seus colaboradores, ele deve investir numa cultura forte, em busca de propósitos que vão além de números e na abertura de espaços para diálogos abertos.

 7- Não é raro encontrarmos a ausência de propósito em algumas empresas, Dias atrás você até postou no LinkedIn uma reflexão sobre o assunto, dizendo que essa falta de propósito, torna algumas pessoas somente centradas em números, metas e crescimento desordenado. Dito isso, compartilhe conosco a sua visão, por gentileza: quais os riscos e perigos de um crescimento desordenado na empresa e da carência do propósito?

O propósito é o nosso POR QUÊ! Se um empresário ou gestor não tem um por quê muito claro, eles caem diante de números ruins ou de uma crise estrutural. Eu acredito que toda empresa é feita de ciclos: o nascimento, crescimento, desenvolvimento, maturidade e morte – todos os negócios passam por TODOS estes ciclos. O por quê faz com que um empresário ou gestor não caia na arrogância do crescimento ou da maturidade e esteja preparado para renascer quando o declínio chegar.

8- Se você tivesse que fazer um ranking em ordem de importância em relação às soft skills mais importantes para um profissional atuar em sua máxima performance, qual seria a ordem de prioridade e como cada uma delas pode impactar a carreira do indivíduo e os negócios em uma empresa? 

Inteligência Emocional;

Criatividade;

Relacionamento interpessoal;

Aprendizado contínuo;

Resiliência.

Para mim, essas são as 5 habilidades essenciais para qualquer profissional, gestor ou empresário atuar em sua máxima performance.

9- De que forma uma empresa pode exercer a Gestão de Pessoas e Liderança, de maneira assertiva e benéfica tanto para a empresa quanto para os colaboradores?

Com transparência e com espaço para troca de ideias.

10- Alguns empreendedores pecam no sentido de buscar freneticamente novos clientes, esquecendo-se de fidelizar e manter aqueles que já tem. Quais dicas, do alto da sua experiência, você daria para a fidelização dos clientes? 

Uma coisa que muitos empreendedores não compreendem é que é muito mais barato vender novamente para clientes que já existem do que buscar novos clientes. Dito isso, todo empresário precisa investir numa boa gestão da carteira de clientes, com foco em datas, eventos e situações importantes para cada cliente. Um empreendedor pequeno possui uma vantagem pois ele tem um relacionamento estreito com seus clientes, mas na hora de gerir essa carteira de clientes, só anotam aquilo que o cliente comprou, esquecendo-se de anotar aspectos emocionais de cada cliente que são capazes de fidelizar uma pessoa.

11- Qual o último livro que você leu e sobre o que ele fala?  

Eu costumo ler muitos livros, inclusive de 2 a 3 ao mesmo tempo rsrsrs, mas um dos últimos livros que li foi O Poder do Agora e é daqueles livros que todo profissional atual precisa ler. Ele fala sobre a importância de vivermos o momento presentes e estarmos focados no aqui e agora, deixando de lado ansiedades acerca do futuro e lembranças que nos aprisionam ao passado. Este é com certeza um livro essencial para profissionais que querem alcançar uma melhor performance e resultado.

12- Conta pra gente: de que forma a fala, a postura, e mesmo nossas emoções influenciam no processo de compra? 

Vendedores precisam estar atentos à sua maneira de falar, sua postura e, principalmente suas emoções no momento de interagir com seu cliente, pois isso resulta em contágio emocional e influencia diretamente na percepção que um cliente tem acerca do profissional. Vender tem muito mais a ver com o vendedor do que necessariamente sobre o produto.

13- Falando sobre vendas, quais as características e habilidades que um vendedor deve desenvolver para ser bem-sucedido em sua trajetória?

Primeiramente, todo vendedor deve dominar com excelência sobre o produto que vende. Ele deve conhecer todas as características, benefícios e vantagens de cada produto a fim de minimizar objeções. Além disso, um vendedor precisa conhecer de pessoas e desenvolver habilidades como empatia, relacionamento interpessoal e criatividade para compreender as reais necessidades de seus clientes e propor as melhores soluções para eles.

14- Muito se fala no mundo corporativo, sobre a importância de prestar um atendimento ao cliente de forma impecável. Explica para nossos leitores, como gerar valor por meio do atendimento ao cliente e aplicar o encantamento na prática?

Uma coisa que todos precisam compreender é que o encantamento é SIMPLES! O primeiro passo para encantar um cliente é se importar verdadeiramente com ele e oferecer o melhor produto para a sua necessidade.

15- Quais dicas você daria para alguém que encontra dificuldades em fechar um negócio e realizar uma negociação produtiva?

Este assunto é especialidade do meu sócio Angelo Zambom. Vou deixar para a entrevista dele hehehehehe

16- Explique aos nossos leitores, o que é a venda social e como ela pode ajudar a aumentar as chances de vender? 

Venda social nada mais é que o uso das redes sociais para promover seu negócio, estabelecer relacionamento com seu potencial cliente e gerar desejo nele. Com isso, a venda se torna consequência.

17- Quais os principais benefícios de uma mentoria para quem é empreendedor ou tem esse desejo? 

Ninguém, absolutamente ninguém cresce sozinho! Um mentor te direciona, te aponta caminhos e te mostra os riscos da jornada empreendedora, fazendo com que empreendedores “encurtem” caminhos e minimizem riscos desta trajetória que é solitária e cheia de altos e baixos.

18- Andreza, gratidão é a palavra que define sua paciência e atenção com todos aqui da equipe. Nosso muito obrigado e o espaço é seu para deixar seu recado ao público. 

Eu que agradeço a oportunidade de falar brevemente sobre meu trabalho. O último recado que quero deixar ao público é: invistam em conhecimento e em autoconhecimento! 

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