Bianca Pagliarin é uma figura inspiradora. Com 138 mil seguidores no Instagram, centenas de vídeos ‘bombando’ no YouTube, a radialista e palestrante vai muito além do estereótipo do que se convencionou ‘rotular’ o termo ‘digital influencer’.
A Mulher imparável em busca de pessoas que querem se transformar é a mais nova presença marcante na constelação de estrelas da Agência Palestras de Sucesso. Com uma história de vida do mínimo comovente, ela é a prova viva de que o ser humano tem um grande poder de superação e falou conosco sobre isso e demais temas, que se eu fosse você não perderia por nada.
Confira nosso bate papo e conheça mais sobre o trabalho extraordinário de nossa querida e iluminada palestrante de sucesso!
1- Olá, Bianca! Muito nos honra ter sua presença aqui hoje. Gratidão por compartilhar com a gente um pouco sobre suas experiências. Para começar, conta pra gente, como você tem encarado o cenário atual da pandemia? Ela impactou seu trabalho?
Bianca Pagliarin: Eu que estou grata por essa oportunidade de compartilhar o que arde em meu coração e, já respondendo sua pergunta, a pandemia não apenas impactou, mas eu acredito que definitivamente transformou e parece continuar diariamente transformando, de forma importante, minha visão e meu trabalho.
Estes tempos me fizeram perceber, de forma ainda mais intensa, que não podemos correr o risco de uma existência desperdiçada: é necessário viver uma vida de propósito.
Algumas das mudanças decorrentes da pandemia se relacionam aos encontros com os clientes de coaching, e muitos resistiram a continuidade online a princípio. Na verdade, penso que a maior parte das pessoas (inclusive eu) tinha a impressão de que seria algo breve.
Então, conforme o tempo foi passando e nós todos dando conta de que iria durar mais que “duas ou três semaninhas”, me empenhei em convencê-los da importância em dar continuidade, e assim conseguimos caminhar e nos adaptarmos a esse novo normal.
Outra coisa que aconteceu foi que antecipei um projeto online que pensava em realizar apenas para depois do lançamento de meu livro pela Editora Planeta: uma série de lives onde compartilho ferramentas e estratégias importantes para lidarmos com a pressão, o stress, os autossabotadores emocionais, para alcançarmos um jeito equilibrado de viver, especialmente agora, diante desse novo normal.
Meu programa de rádio eu passei a fazer online, encontrei ferramentas que diminuem o delay (tempo de atraso) e os vídeos que eu gravava em estúdio, passei a gravar num cenário que eu mesma montei aqui em casa… E gravar sozinha o que antes era com uma equipe de gravação e de edição (hoje eu mesma edito meus vídeos)…
A pandemia trouxe uma série de questionamentos, a insegurança se instalou geral, mas eu tenho a convicção que focar no que está ruim apenas vai aumentar a angústia e medo. Claro que é importante ter os cuidados com prevenção, distanciamento social, uso de álcool e máscaras…, mas eu escolho focar nas pessoas das quais me aproximei durante essa pandemia…
E foram muitas! Nas lives que faço, em meus projetos de desenvolvimento pessoal em grupo, fiz novas conexões e aprofundei antigas. Ainda percebi que a impressão que tenho também têm atingido a muitos: o tempo está passando ainda mais. Sendo assim, o que fazer para o tempo que passa não passar em vão?
Focar em conhecer seu propósito de vida (e isso tem a ver com espiritualidade, não com religião). Segundo minha professora de pós em neurociência na Puc, a doutora Carla Tieppo, até um ateu pode viver sua espiritualidade ativamente. Isso porque espiritualidade nunca foi um caminho apenas vertical (que vem do céu e me acerta como um raio na cabeça) mas sim horizontal (de ser humano para ser humano, e vivo essa espiritualidade cada vez que cuido de alguém, que amo, que compreendo, aceito, perdoo, com empatia e compaixão).
Isso não tem nada a ver com religião. Temos uma área em nosso cérebro que é justamente responsável pelas conexões sociais, e essa área participa de processos na produção dos neuro hormônios da felicidade, como dopamina, serotonina, ocitocina. Conexões sociais têm tudo a ver com felicidade – além de se conectar à espiritualidade, tem tudo a ver também com a ciência!
A pandemia trouxe para muitos de nós questionamentos espirituais. Aproveitar tudo isso para limpar a casa e abrir espaço para sonhos é uma oportunidade gerada por esses questionamentos. Do mesmo jeito que muitos sairão dessa pandemia derrotados e com suas famílias destruídas, outros sairão mais fortes, sábios e determinados a viver uma vida de significado.
2- Um dos temas de suas palestras é exatamente sobre sair da zona de conforto. Como você fez ou faz para sair da sua zona de conforto?
Bianca Pagliarin: Sair da zona de conforto tem tudo a ver com o que estamos vivendo, porque envolve se reinventar, se questionar, buscar novas perspectivas e a mente aberta para enxergar um pouco além.
Eu me desafio a sair da zona de conforto quando eu ouso pensar que nem tudo é o que parece, que há algo desconhecido sobre tudo e que posso aprender ainda mais. Para me desafiar, frequentemente tenho exercitado a autoconsciência através da meditação e de ferramentas simples como um diário e um planner…
Porém de tempos em tempos, a cada 4 ou 5 meses eu entro num processo de coaching (onde semanalmente acabo separando 2 horas do meu dia para me autoavaliar na companhia de um profissional que me questione e ajude a sair da zona de conforto). O processo dura em média 4 meses e eu confesso que chego a ter vontade de parar com essa rotina, porque ela acaba sendo… desconfortável. É muito confronto, momentos de embate mesmo, sabe…
Embates do bem, mas depois não tem como não olhar com mais clareza, entender que faz um certo sentido e que há algo que posso levar desta situação. Zona de conforto tem esse nome porque se trata disso, exatamente: é onde há conforto. É bom ter conforto… É bom saber aproveitar o conforto em alguns momentos. Um terremoto, um rebuliço, um confronto… Não são confortáveis.
Porém, ninguém vai além e vive a superação sem que alguns terremotos particulares aconteçam. Claro que não precisa ser um terremoto, pode vir através de um tremor que abale o suficiente para mostrar onde está a base, a fundamentação dessa construção que somos nós.
Tem gente que encara a zona outro lado sair desse lugar não precisa ser viver sofrendo, mas entender que é preciso arriscar, ousar, se desafiar. No oposto à zona de conforto eu vejo a zona de desafios. Essa é a palavra que eu uso para substituir o termo “problemas”. Encarar como desafio é maravilhoso, porque nosso cérebro, desde que a gente é criança, ama desafios.
É de passo em passo, de desafio em desafio, que se chega a novos patamares. Pequenos passos e pequenos começos jamais devem ser menosprezados.
Ah, e além disso, também costumo mesmo no frio, tomar banho e encerrar com 30 segundos, no mínimo, de água fria, só pra lembrar-me que eu consigo me desafiar a ir além do “confortável” e que isso é maravilhoso pra uma vida no modo ON (banho frio é demais e faz passar o sono e a apatia imediatamente).
3-Conhecendo sua história, vimos que você superou momentos literalmente de fundo do poço, mas encontrou, digamos assim, ‘ferramentas’ para subir e enxergar a luz. Pode nos falar um pouco mais sobre isso? Tenho certeza que sua história de vida, por si só, pode ajudar muitas pessoas que talvez agora, se encontrem nessa fase.
Bianca Pagliarin: Eu precisei aceitar a derrota. Isso não é natural, vai contra o ego e a vaidade. Ninguém gosta de dizer que fracassou e que perdeu. Porém para virar o jogo e transformar o enredo todo, para ganhar depois é preciso reconhecer e enxergar a realidade do fracasso.
Enxergar o fracasso dói demais. No meu caso, ter perdido minha beleza, meu status social, minhas oportunidades que eram tantas, minha credibilidade, meus recursos, tudo em busca de um alívio que se tornou dependência química… Perceber que as pessoas tinham medo de mim e que eu era mesmo uma bomba relógio humana, que já não despertava a confiança nem mesmo nos mais próximos… Isso doeu.
Porém, acredito que só consegui me livrar da dependência química por conta desse passo que é o começo de uma nova forma de viver. Reconhecer que aquele era o meu fundo do poço, entretanto, me fez ter humildade para pedir ajuda.
Tive muitas e muitas vezes, o desejo de voltar a usar, de “só mais uma pedra”, mas eu repetia para mim mesma frases como “vontade dá e vontade passa”, “uma é muito para começar, um caminhão é pouco porque você não vai querer parar”, oração da serenidade, ligava para a madrinha de Narcóticos Anônimos (irmandade que ajuda, através do programa de 12 passos, a um dia de cada vez, só por hoje, se viver de maneira sóbria), enfim…
Juntava todos os recursos que eu conseguia para encontrar algo que viesse a me ajudar. Eu entendi que a droga era apenas o resultado. Então, superada a abstinência física, tudo o que vinha era emocional. Ou seja: para mudar os resultados, eu precisava mudar os produtos, mudar minha estrutura emocional, a forma de enxergar e de viver.
E num contexto onde todos podem se enxergar, entendo que quando se está vivendo uma vida na qual não se tem satisfação, não há propósito, não há momentos incríveis, insights de realização…
Uma vida de apatia, de procrastinação, medo, ou uma vida presa no vitimismo, sentimentos de rejeição, falta de perdão, raiva, tudo isso, se você quiser, pode ser seu fundo de poço. E quando olhar com coragem para o chão e toda a lama e sujeira nesse fundo de poço, poderá ver que há também uma mola. A sua mola pessoal está no chão desse poço, e só a encontrará se você aceitar que está lá. A mola pode te levar a lugares que você jamais imaginou antes.
4-Você aborda em suas redes sociais, temas com os quais todas as mulheres se identificam, como por exemplo, família, amor, casamento, filhos. Seu público é maioritariamente feminino? Como você enxerga o papel atual da mulher em nossa sociedade?
Bianca Pagliarin: A mulher precisa se empoderar e assumir seu papel na sociedade. Vemos cada vez mais mulheres que se posicionam, mas tantas outras têm medo de viver seus sonhos, de romper barreiras, de fazer sua voz ser ouvida. Medo de não ser aceita, de não ser amada, de ser julgada, rotulada, medo até de ser invejada, traída.
Minha conexão com elas é muito forte. Eu já vivi situações em que fui traída por quem considerava ser minha amiga, e sei que tantas já o foram – o que gera traumas, pé atrás, desconfiança de outras mulheres. Só que o que busco mostrar é que isso vira um padrão de convicção que acaba acontecendo, atraímos aquilo que mais focamos.
Então se eu passar a olhar as mulheres com outros olhos e buscar aquelas que podem ser pessoas de confiança, então uma transformação acontece.
É importante ter em quem confiar, ter em quem se espelhar, poder contar com alguém. Temos essa área das conexões, como eu já disse, fomos feitos para nos relacionarmos. E embora eu ouça muito de que “as inspiro”, faço questão de dizer que quem está aprendendo muito, a mais beneficiada nessa nossa amizade sou eu, porque também me trouxe cura de feridas da alma!
5- Outro tema que nos chamou a atenção foi o da palestra “Suas emoções te fazem perder ou ganhar dinheiro”. Pode contar pra gente como que funciona essa relação entre dinheiro e emoção?
Bianca Pagliarin: Demais não é? Você já deve ter ouvido aquela frase: “Muitas pessoas gastam o que não tem, comprando o que não precisam, para impressionar quem não conhecem”. Essa expressão é a base de parte da mensagem dessa palestra, onde também abordo o tema das ideias que impedem tantos de nós de viver com prosperidade.
Se eu vivo com ódio de quem é rico, se eu falo que a pessoa chegou lá porque foi puxa saco, porque se corrompeu, porque prestou favores de todo o tipo, então eu estou falando de crenças sobre quem alcança seus objetivos. Minha mente inconsciente rejeita atitudes assim para chegar lá e se eu penso que só quem alcança sucesso é quem se presta a esse papel, eu vou criar um bloqueio emocional. É como pensar que todo rico não presta. Então para que eu não seja alguém que não presta, não posso enriquecer de jeito nenhum!
Essa palestra também é sobre onde se pretende chegar e com quem, com exercícios para ter clareza quanto a isso. Sem essa clareza, você vai ralar e se matar de trabalhar para ser alguém bem sucedido nos negócios, chegar ao topo da montanha. Só que depois de décadas de muito trabalho árduo, ao alcançar esse sucesso tão desejado, você vai olhar para aquela paisagem maravilhosa de quem está no topo… Uau! É lindo demais… vai pensar.
Então você vai olhar para o lado… E desejar que tivesse ali junto contigo a sua esposa, seus filhos, só que estes você foi deixando pelo caminho, eles ficaram longe, lá embaixo… A paisagem é maravilhosa, mas a misteriosa certeza que você queria ter de propósito de vida cumprido só aconteceria se você pudesse ter com quem dividir essa vista.
O que você considera uma vida que valeu a pena ser vivida? Cada um de nós responderia de um jeito. Para mim, a vida que, em meu último momento nesta terra, valeria a pena eu ter vivido seria algo relacionado aos diversos pilares de minha vida, mas mais do que aspectos profissionais ou financeiros, essas características que me faria partir sem algum tipo de peso ou arrependimento, sem sombra de dúvidas, teria a ver com outras pessoas. Teria a ver com me conectar com qualidade com aqueles que amo, uma realidade em que houve ousadia e coragem, invés de medo, reclamações e negatividade.
Imagine esse cenário: chegar ao dia fatídico em que será dado seu último suspiro e você enxergar quantas oportunidades foram perdidas, quanta vida escorreu através de seus dedos.
A vida é muito curta para nos acabarmos no “poderia”, “seria”. “se tivesse” e “deveria”.
Então, resumindo, o que busco mostrar é que a construção do futuro dos sonhos de abundância e sucesso acontece hoje, já.
6- Produtividade é algo muito cobrado hoje em dia. Você fala bastante sobre o tema, então gostaríamos de perguntar: como você otimiza a sua produtividade e quais dicas você daria para que as pessoas aumentassem seu rendimento e produtividade, não apenas em relação ao trabalho e estudo, mas em especial em relação à vida pessoal, com mais bem-estar e qualidade?
Bianca Pagliarin: O tema produtividade é fascinante porque revela muito sobre mim e sem ela não se pode viver com plenitude e alcançar os objetivos. Existem ferramentas maravilhosas que colocadas em prática podem ajudar a gerar muito mais conclusões e “acabativas”. Quantos vivem tendo muitas e muitas iniciativas e poucas ou nenhumas acabativas?
Existem muitas técnicas, e talvez outros podem achar formatos que funcionem para si. Como em tudo o que faço, eu não tenho a mínima intenção de comunicar o que não estou vivendo.
É por isso que o que eu apresento é o que eu estou vivendo. Claro que aqui não tenho como explicar uma a uma, mas basta dar uma busca na internet e o leitor saberá mais dessas estratégias que são incríveis, e que aplico em minha vida e com os meus clientes do coaching: Pomodoro, GTD, Matriz das Prioridades, diagnóstico composto da situação atual (ferramenta de coaching), monitoramento do tempo gasto em cada atividade (para entender o que é que está fazendo meu tempo ser menos produtivo, e então avaliar qual o verdadeiro valor dessa tarefa), definir “a única coisa” princípio que aprendi na obra “A Única Coisa”, de Gary Keller, que preconiza que devemos nos concentrar naquela ação que faz diferença e atinge todas as outras.
Se respeitar e entender que não adianta deixar de dormir pelo menos 6h (variando de 5 a 9, cada um tem seu mínimo) para trabalhar, varar a madrugada trabalhando. Acredite, fiz muito isso! Não adianta porque é o sono que recupera nosso cérebro para dias produtivos.
Essas madrugadas acordadas buscando resolver alguma situação ou pendência apenas serviram para me mostrar que escrever com sono é um perigo… rs… Uma vez, respondendo um email pendente na madrugada, comecei a pensar, no meio do que estava fazendo, no dinossauro que meu filhinho queria muito ganhar de aniversário e eu ainda não tinha pesquisado onde encontrar, nem preço, enfim… T
Teve uma hora que fui dormir. No dia seguinte, fui checar se eu tinha mesmo enviado o email e lá estava um texto onde em até determinado ponto fazia sentido, porém no meio pra o fim começou um papo sobre dinossauro… e acabou. Não ria, porque se você passar uma madrugada toda em claro, lá para as 7h quando já for dia, talvez você também cometa suas próprias dinossauradas…
Então é melhor dormir e acordar mais cedo para finalizar do que passar a madrugada tentando ser produtivo. Você depende dessas horas de sono para se tornar produtivo.
Mais estratégias que uso diariamente e funcionam, mas tem que ter consistência até virar hábito: Fazer logo pela manhã algumas coisas como sorrir o sorriso Duchenne (apertando os olhos, fazendo aquelas ruguinhas do sorriso aparecerem – pesquisas de Guillaume Duchenne feitas no século passado e posteriormente comprovadas por neurocientistas modernos nos revelam que o fato de sorrir assim, fazendo a bochecha aumentar e provocando pés de galinha nos ajuda a alcançar um estado de maior alegria e euforia.
Outra maneira prática é através do que a psicóloga social Amy Cuddy trouxe em suas pesquisas e que chamou de “power posing”, algo como “a pose do poder”, e consiste, resumidamente, em fazer a posição do vencedor que pode ser levantar os braços em uma vitória imitando o gesto de atletas na linha de chegada, colocar as mãos nos quadris como um super herói indo salvar alguém, ou os braços atrás da cabeça como quem contempla o que há no horizonte à sua frente, por pelo menos 2 minutos diariamente.
Isso segundo essas pesquisas de Amy, aumentou em 20% os níveis hormonais de testosterona reduziu o hormônio do stress em 25%. Veja que interessante, se colocarmos o corpo em uma posição de fraqueza, a testosterona cai 10% e o cortisol aumenta em 15%.
E para quem também quer sair do sedentarismo e claro, depois de uma avaliação profissional, recomendo a prática de atividade física logo ao acordar, porque isso ajuda a máquina a entrar em ação – fora que você já se livra de uma tarefa que tantas vezes procrastinou e agora pode colocar o tique de FEITO! É importante para sua saúde e para sua produtividade. Se exercitar faz bem para o cérebro.
Eu também gosto de começar o dia com uma conversa com Deus, falar que hoje pretendo realizar coisas importantes, então que Ele me abençoe com foco e clareza para o que é verdadeiramente importante. E só um parêntese aqui: a neurocientista Danah Zohar defende um conceito que tem crescido muito na comunidade científica que é o da Inteligência Espiritual: existe em nosso cérebro algo chamado O Ponto de Deus, e o quanto nos damos conta dessa área é o que nos traz, entre outros ganhos, a clareza quanto a importância de se viver uma jornada relevante.
Posso dizer só mais um? Rsrs… É que tudo isso junto parece muito, mas não é, o segredo é incorporar uma rotina de novos hábitos aos poucos… Então, só mais um: a meditação porque meditar é maravilhoso e ajuda a trazer foco e autoconhecimento.
7- Encerramos por aqui, agradecendo o tempo que você gentilmente nos cedeu. O espaço é todo seu para deixar um recado ou mensagem ao público leitor.
Bianca Pagliarin: Talvez você tenha ouvido que não era capaz, talvez você tenha sido ensinado a acreditar que não poderia ir além de um determinado limite. Pode ser que pessoas que você amava te podaram dizendo que seu sorriso é feio, que sua voz é feia, que você tem ideias bobas, e o resultado é que você deixou de sorrir, deixou de falar, deixou de se expressar, deixou de sonhar. Eu estou aqui para te garantir: nada disso é verdade, a não ser que você acredite que é verdade e tome essa palavra como real para você.
O que você queria ser quando era criança? Poucas pessoas talvez já tenham te perguntado isso na fase adulta, então ouse responder essa questão. Talvez você perceba que quis ser muitas coisas. Tudo bem, é capaz de ter algo em comum em todas estas.
E aí, lembrou?
Então defina qual o propósito de impacto daquela profissão que você, um dia, sonhou seguir. Por exemplo, se sonhava ser policial, talvez perceba que o que mais desejava era poder proteger as pessoas, proporcionando-lhes segurança. Se desejava ser médico, é bem possível que sua motivação interna tinha a algo ligado a cuidar dos outros e abrandar seu sofrimento.
Caso tenha querido ser bombeiro, o desejo implícito devia ser o de resgatar vidas. Pense em sua vida hoje. Independentemente do rumo profissional que seguiu, seu modo de viver reflete, de alguma forma, os valores que estavam inseridos naquele sonho de criança?
Talvez sua vida possa ganhar um outro brilho a partir desta perspectiva, porque ainda existe, tenha você 9 ou 90 anos, em seu interior, uma criança querendo tornar o mundo um lugar melhor, fazer a diferença. Dê atenção a essa criança. É a melhor coisa que você pode fazer pelo seu eu adulto!