Síndrome da Impostora é um termo que tem chamado a atenção pelo fato de ser algo cada vez mais comum na esfera corporativa. Apesar de ser um tema que é tendência, muitas pessoas desconhecem como surgiu o conceito, e até mesmo atribuem a ele a equivocada categoria de “doença”.
Nossa palestrante de sucesso, Janaina Yara Augusto, nos fala em seu artigo de hoje, sobre a origem do conceito, seus desdobramentos e como lidar com a Síndrome da Impostora, acompanhe!
Em primeiro lugar, precisamos entender que a Síndrome da Impostora não é uma doença
No meio corporativo em geral, percebo que há ainda uma certa confusão em relação à Síndrome da Impostora. Não se trata de uma doença que se caracteriza por sintomas em que basta fazer o uso de alguma medicação por certo tempo e pronto.
Trata-se na verdade de uma autopercepção que pode ocorrer ainda com diversos contextos culturais e sociais interligados.
Algumas vezes, ela surge acionada por gatilhos pessoais, em momentos variados da vida. E, por mais que seja algo interno, íntimo, ter vergonha ou receio de falar sobre isso é algo que não devemos deixar acontecer.
O Surgimento do conceito
“O conceito de síndrome ou “fenômeno do impostor” (sendo importante ressaltar que embora leve o nome de “síndrome” ela não é uma doença, uma fraqueza) surgiu em um artigo publicado em 1978 por 2 psicólogas.” – Janaina Yara Augusto
No artigo, elas revelam que “Apesar das qualificações alcançadas, das honras acadêmicas e dos altos resultados em testes padronizados, do reconhecimento e elogios profissionais por parte de colegas e respeitadas autoridades… (elas) não têm a sensação íntima de sucesso. Consideram-se “impostoras”.
Essas mulheres acham que conquistaram o sucesso por erros nos processos de seleção, ou ainda pelo fato de que alguém superestimou as suas capacidades. Ou seja, elas não se acham merecedoras.
Conforme eu comentei em minha entrevista ao site Palestras de Sucesso:
“A síndrome é quando a pessoa está preparada para aquilo, mas sente que não é capaz, e aí ela trava, baixa a régua, não fala suas ideias, não aceita uma promoção ou algum momento de destaque e perde a ou as oportunidades.”
É importante considerar que aquela pessoa que se esconde todo o tempo também não percebe as fronteiras, onde ela deve se desenvolver.
Pense: é exatamente nessa fronteira, quando você consegue ultrapassá-la que você evolui como profissional, como pessoa.
Como lidar com a Síndrome da Impostora?
Em situações onde duvidamos da nossa capacidade, nos boicotando e não compartilhando nossas ideias e procrastinando, é comum aquela sensação de “conforto” e “segurança”. Fazemos de tudo para não errar, não é verdade?
Contudo, há um grave problema nisso: simplesmente não nos lançamos na zona de aprendizado.
Lembre-se que por estarmos em um processo constante de aprendizagem, os erros são mais do que comuns, é algo natural.
“A riqueza do erro é quando entendemos qual a lição aprendida para que possamos dar o próximo passo. Aceite que você, como todo o mundo, não nasceu pronto! Aceite a sua própria vulnerabilidade, você pode falar “eu não sei”, você pode pedir ajuda, sem ficar dependente da opinião, da validação do outro. Errou? Pare para refletir qual o aprendizado e leva esse aprendizado.” – Janaina Yara Augusto
Para lidar com o pensamento impostor e não deixar que ele domine suas ações, o primeiro passo é entender de onde ele surgiu. Mas não se engane, não temos aqui uma receita de bolo do tipo”você se sente assim por causa disso”. Afinal, há muitos fatores que se misturam e trazem tais dúvidas.
Você terá que tentar responder perguntas internas e refletir sobre elas. Com o tempo, com esse exercício, você irá facilitar uma resposta. Por exemplo, você perceberá que tem uma razão para se sentir assim, contudo, ao analisar com cuidado perceberá que muitas vezes tem mais razões para se sentir preparada, e não incapaz.
Outra estratégia complementar é que diante de situações onde você se julga incapaz, procure separar o fato do seu julgamento sobre você e da realidade quanto aquele fato.
Registre suas conquistas, mesmo aquelas que você até pense que são pequenas. Dessa maneira, você construirá um lugar de confiança daquilo que sabe. Como consequência, sua musculatura interna ficará fortalecida e irá se sentir cada vez mais confortável dentro das suas qualidades.
Dúvidas? Estou aqui para lhe ajudar! Reconheça suas fronteiras de desenvolvimento e invista nelas, competência você só desenvolve na prática!
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