Precisamos falar sobre expectativa, dor e sofrimento – Por Patricia Capeluto

Há uma frase que diz o seguinte: “Não falar sobre as coisas não significa que elas não existam”. Já reparou nisso? Muitas vezes, questões como dor e sofrimento estão presentes em nossos relacionamentos, tanto pessoais quanto profissionais. Contudo, tentamos ignorar e não falar sobre, o que não adianta muito, pois o sentimento, a expectativa, continuam lá.

As conversas difíceis existem, e fingir que elas não existem é como “varrê-las” para debaixo do tapete.

Hoje, a palestrante Patricia Capeluto nos propõe uma reflexão sobre o tema expectativa, dor e sofrimento, ingredientes muitas vezes presentes em nossas conversas difíceis. Vamos falar sobre o assunto? Então, continue a leitura.

Expectativa, dor e sofrimento: o que não é dito, não é combinado

Você sabe qual é a diferença entre dor e sofrimento? A dor faz parte da vida. Viver dói, tem dias que é difícil, ruim, triste, e tá tudo bem, a gente precisa saber disso, compreende?

Já o sofrimento é diferente, haja vista que ele nasce das nossas expectativas sobre as coisas e sobre as pessoas.

Quando a gente pensa sobre como as coisas deveriam ser ou como as pessoas deveriam agir, criamos expectativas. E quando não acontece do jeito que pensávamos que deveria ser? A gente sofre! 

A ideia de que “não vou cobrar pois isso deveria ser natural”, torna as coisas mais difíceis, afinal, o “deveria ser” ou “precisa ser” , revela uma expectativa, percebe?

Esquecemos que as pessoas têm histórias diferentes, vivências diversas, sendo que aquilo que me é natural, pode não ser para você, e vice-versa.

Ter razão ou ser feliz? (palestrasdesucesso.com.br)

Não importa qual seja o tipo de relação, a expectativa acontece em todas!

É algo corriqueiro termos expectativas. Chefes com expectativas sobre equipes, equipes com expectativas sobre como os chefes deveriam ser, namorados com expectativas sobre namoradas, relações familiares, enfim, criamos expectativas achando que o outro vai se comportar como a gente se comporta.

A palavra cobrar pode trazer desconforto pois ela remete à exigência. Quando isso chega no ouvido do outro, pode soar de uma forma incômoda, pois significa que como ele se comporta, não tá legal, entende? 

É importante dizer aquilo o que a gente precisa 

É de extrema importância pontuar as coisas que são importantes para a gente. Dizer o que a gente precisa, fazer pedidos claros, pois se não pedirmos nunca saberemos se o outro entendeu ou concorda. Isso pode ser feito abrindo um diálogo, e não como uma determinação do que você quer.

Você pode dizer o que é importante para você e perguntar como o outro vê, como é que é isso para ele? Dessa forma você começa a entender também o mundo do outro.

Se a relação é bacana e há a preocupação do entendimento mútuo, da boa convivência, sempre é tempo de fazer combinados.

Pode não funcionar? Pode acontecer algum ruído? Pode, afinal, às vezes os mundos são muito diferentes e a pessoa não pode atender aquilo o que você está pedindo.

Porém, quando você pede, você tem uma possibilidade. Também é importante lembrar que  há pontos que não são negociáveis para ambas as partes. E quando não é negociável, é preciso respeitar as diferenças.

Antes de encerrar, quero deixar duas observações:

1- Para entender o mundo do outro, o caminho é a curiosidade;

2- Será que é errado ter expectativas? Pois bem, eu não trabalho com a perspectiva de certo e errado, e isso se aplica à questão da expectativa. Fato é que expectativas sempre vão existir, é importante termos consciência delas para tomarmos melhores decisões e quem sabe, desafogarmos sentimentos.  

Fez sentido? Então, compartilhe! 

Quero a Patricia Capeuto em meu evento!

Patricia Capeluto

TedX Speaker que já ajudou mais de 2.000 pessoas a se comunicarem e se relacionarem melhor nas empresas.

Assinar no LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Tags

  • Categorias

  • Arquivos