Palestras de Sucesso Entrevista Fernando Mora

1- É um grande prazer recebê-lo no nosso time, palestrante Fernando Mora. Agradecemos, antes de mais nada, pela gentileza em nos atender e bater esse papo que, certamente, será construtivo e relevante, tanto para nós quanto para os leitores.

Para começar: qual o primeiro passo para que as lideranças de uma empresa,  em uma empresa, crie uma cultura propícia ao estímulo do time, provocando-o e ativando o encorajamento para o processo de evolução da equipe?

Para fazer um bom trabalho, o líder deve ser SERVIDOR, sendo eficiente no domínio do ambiente e ser capaz de criar e manter culturas que inspirem os liderados.

Um líder servidor, pergunta para seus liderados: “O que posso fazer por vocês”? , em vez dos liderados perguntarem: “O que nós podemos fazer”?

Quando o líder não é servidor, ele só olha para os indicadores. É como se um técnico de futebol orientasse o time, olhando só para o placar.

2- Muito se fala sobre a mudança de paradigmas em relação à figura do chefe. Há uma parcela de profissionais que acreditam que chefe e líder são a mesma coisa e que não se faz necessária a diferenciação da nomenclatura, mas sim, de postura. Dito isso, gostaríamos de saber de você:

A- Líder e chefe é ou não a mesma coisa?

Não é a mesma coisa, a diferença está na condução da equipe, eles podem até ter um nível elevado de conhecimento mas o comportamento é diferente.

O CHEFE faz com que a equipe acredite nele.

O LÍDER faz com que a equipe acredite nela.

B- Em relação ao papel de um líder no cenário atual, quais características ele deve nutrir e aprimorar, para extrair o melhor de sua equipe e obter resultados não menos do que extraordinários?

Como na primeira pergunta, o líder deve ter um papel de servidor, evitando o isolamento fazendo parte do todo, ser um líder presente.

3- Que lições de inteligência emocional podemos extrair de heróis como Batman, Superman e Mulher Maravilha?

O tema Inteligência Emocional é o mais pedido hoje e ao mesmo tempo é às vezes complexo em explorar, então resolvi buscar o assunto do lado lúdico, assim consegui tirar das histórias desses super-heróis alguns pontos.

BATMAN – ESTRATÉGIA – Fazer os nossos medos ser nossa maior força (ele tinha medo de morcego).

MULHER MARAVILHA – DOMINÂNCIA – Saber usar nossos conhecimentos no momento certo, influenciando o ambiente.

SUPERMAN – VALORES – Equilíbrio e respeito, conhecer seus próprios valores e respeitar os outros usando da Empatia.

Um assunto que gosto muito e faz a palestra ser momento de descontração, pois, esses três super-heróis tem muito a nos ensinar.

4- Você diz que “Investir em PESSOAS é a maneira mais eficiente de ATIVAR os MELHORES RESULTADOS em uma organização.” Partindo dessa afirmação, quais estratégias você indica para que as pessoas que atuam em uma organização sintam-se importantes, valorizadas e motivadas a executar da melhor forma suas tarefas dentro da empresa?

As pessoas têm que se sentirem parte do todo, ou seja, ter o  sentimento de fazer parte do ambiente, assim trabalham engajados.

Investir nas pessoas, é alinhar expectativas e propósitos, respeitando suas experiências e compartilhando novas ideias.

5- Como estar engajado com o seu propósito?

Entender o que eu faço e a quem eu ajudo com o que eu faço.

6-Muito se fala hoje em dia sobre o papel do Coach/Treinador, como um agente de mudanças. Sendo assim, explica por gentileza ao público em que situações é preciso aplicar o trabalho de um profissional da área?

O Coaching (processo) tem o “poder” da autotransformação, porém, precisamos do Coach (profissional) para provocar essa transformação, através de questionamentos, encorajando, apoiando, mantendo a motivação e acompanhando as atitudes e o plano de ação do Coachee (cliente), incentivando o crescimento e o aumento de capacidade.

7- Seja nas relações de trabalho, pessoais, ou de negócios, temos visto em relatos de vários estudos, uma dor muito clara: a falta de conexão.

Fernando Mora, quais estratégias podemos utilizar para se conectar com as pessoas, de forma genuína, verdadeira?

Falamos muito sobre a EMPATIA, porém muitas vezes falamos sem saber o que realmente é ser uma pessoa Empática.

Ter Empatia é ter poder no relacionamentos, aprimorando o desenvolvimento do ambiente, equipes, negócios e até mesmo de produtos e serviços. 

A Empatia nos dá esse poder, por se conectar verdadeiramente com o outro, seja, líder e liderados, empresa e cliente, entre outros tipos de relacionamentos que temos.

8- Compartilhe conosco um pouco mais sobre a palestra Método A.T.I.V.E.?

ATIVE, surgiu a partir do bordão ATIVANDO que uso em meus trabalhos (virou uma âncora), assim, trabalhando com empresas, processo de atendimento ao cliente e vendas, criei esse acrônimo, que diz como Abordar, Transformar, Incentivar, Valorizar e Encantar, que também podemos trabalhar para um processo de Coaching para o incentivo pessoal.

Desenvolver nos profissionais a consciência de suas habilidades e competências, seus pontos fortes e de melhoria, para que eliminem suas crenças limitantes, e com isso, consigam lidar melhor com as pressões, o estresse do dia a dia, as metas a bater e alcançar resultados em suas vendas e atendimentos de forma contínua.

9- Afinal, de que maneira podemos assumir o nosso papel na história?

A partir do momento que você sai dos “bastidores” e sobe no “palco”.

Quando faço essa pergunta, as respostas são aquelas sem profundidade, sem essência e sim, as respostas “prontas”, aquelas que dizem quem eu sou e não o que eu sou realmente, deixando de lado o protagonismo.

Assim, também são com algumas empresas, quando questionadas sobre sua existência, e também muitas vezes seus fundadores não sabem dizer claramente o que verdadeiramente é ser uma empresa Protagonista, no seu segmento, produtos ou serviços.

Muitas vezes, precisamos de ajuda, seja, mentores, amigos, familiares, novos conhecimentos, mas isso faz parte dos “bastidores” para que no “palco” você possa ser o papel principal na história que você cria e vive.

10- Procrastinar se tornou um hábito nocivo na vida de muitas pessoas. Quais ferramentas podem ajudar um colaborador, líder, gestor, bem como todos envolvidos em uma organização, a lidar melhor com essa problemática?

Fazer um planejamento e ter disciplina. Um planejador se ser disciplinado será um procrastinador.

Costumo aplicar a ferramenta de gestão de prioridades, listar as prioridades no meu dia a dia (aquelas que não posso deixar de fazer naquele dia),  assim exercito não ser mais procrastinador.

Um exercício bom também é listar os comportamentos em: COMEÇAR A FAZER / DEIXAR DE FAZER / CONTINUAR FAZENDO.

Vai por mim, funciona muito bem.

11- Qual a relação entre propósito e protagonismo e quais os benefícios de compreender essa relação para a vida corporativa?

Eu só sou protagonista quando sei o meu verdadeiro propósito:

Por que sou o que sou?

Por que faço o que faço?

12 – Percebemos que há uma grande parcela de líderes que apresentam uma grande dificuldade em dar feedback para seus colaboradores. Quais estratégias e técnicas você aconselha para realizar um feedback de maneira assertiva,  Fernando?

Na minha visão, a grande barreira de dar ou receber Feedback é porque as pessoas levam pro lado pessoal, quando eu entendo que o feedback é da situação e não pessoa, tudo se torna mais fácil. 

E é válido lembrar que o feedback tem  que ser o Eu, ou seja, quem for dar feedback tem que assumir, eu vi, eu escutei, e não dar feedback com a visão do outro, se não vira fofoca.

13 – Diante de sua vivência e experiência, quais as habilidades necessárias para superar os desafios e como alcançar os objetivos e resultados tanto na esfera pessoal quanto dos negócios? 

Devemos sempre olhar para nossa experiência, para saber se tenho conhecimento ou alguma referência para os novos desafios, se tenho uso como base, busco novos conhecimentos e vou em busca dos objetivos, se não tenho experiência ou referência, devo entender o que eu preciso, e como consigo novos conhecimentos ou quem pode me ajudar nessa caminhada. E não esquecer de ser ousado (corajoso).

14 – No núcleo das empresas, sabemos que o trabalho em equipe ocupa uma posição de destaque. Quais são os maiores dificultadores e desafios encontrados no trabalho em equipe? Como lidar com eles?

Costumo sempre usar um time de futebol como exemplo:

Todo time entra em campo com o objetivo para ganhar, e para ganhar, precisa fazer gol, nesse cenário, qual é o objetivo do goleiro? Ganhar, e para ganhar o goleiro precisa também fazer gol.

Nesse exemplo, entendemos que o objetivo é igual para qualquer pessoa da equipe, o que muda é a função, ou seja, a função do goleiro é defender, mas o objetivo é ganhar e fazer gol. Entendido?

15- Lendo sobre o seu trabalho, mais especificamente em relação à palestra inspiracional Luz e Sombra, vimos que de acordo com a sua linha de raciocínio, o desenvolvimento humano de uma empresa é muito mais que focar apenas na capacitação dos seus profissionais. Ele inclui também a necessidade de suporte para avaliar suas fraquezas, se desenvolver, aprimorar e potencializar competências.  De que forma obter esse suporte e potencializar as competências? Qual é a responsabilidade do gestor e/ou líder, neste sentido?

LUZ E SOMBRA remete a um ciclo, ou seja, o ciclo da vida (pessoal, profissional ou empresa), como já comentado, o suporte base é a experiência, ou seja, tudo aquilo que já sei (LUZ) para enfrentar os novos desafios (SOMBRA) e em uma organização o líder tem que saber trabalhar situações e competências, para que ele possa colocar cada qual em sua função para atingir o objetivo, pessoal e equipe.

16-Fernando, conta pra gente o  que é andragogia e como aplicá-la na educação corporativa?

Andragogia, obrigado por perguntar isso. Deveria ser matéria de faculdade, andragogia = ensino de adultos, diferente da pedagogia= ensino de crianças. E hoje muito ainda vivemos a pedagogia em nossos ensinos mesmo nas faculdades e até MBA, ou seja, ensino por repetição.

A andragogia o professor, instrutor passa a ser um facilitador, ou seja, ele usa da experiência dos alunos, participantes para tornar o aprendizado mais dinâmico e participativo.

17- Umas das técnicas mais usadas no mundo empresarial, tanto para vendas, liderança e marketing, é o storytelling, ou seja, a arte de contar histórias. Sobretudo para o profissional de vendas, quais elementos uma boa história deve conter para que os resultados sejam assertivos para o vendedor?

Contar histórias influencia o outro, o ambiente, o cliente. Empresas usam essa técnica para vender seus produtos, vemos os comerciais hoje, todos envolvem uma história.

O líder que conta histórias ele envolve os liderados e os engajam, o vendedor que conta histórias ele vende mais fácil.

Vale lembrar que as histórias devem ser reais para que realmente sejam histórias que tenham “vida”, que brilhem os olhos de quem conta. Devem ser histórias vividas por ele e não história de outra pessoa.

Uma dica é separar as melhores histórias que você gostaria de contar e aquelas que podem ser contadas.

18- Muito obrigado por compartilhar seus ensinamentos conosco e com os leitores. Deixe um recado para quem nos acompanhou até aqui.

Agradeço pelas perguntas, espero ter ajudado com as respostas. E o que sempre digo nas palestras: Tenha CORAGEM para viver o seu protagonismo, através das suas EXPERIÊNCIAS e tudo o que for fazer, faça com AMOR.

 

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