Será que as conversas boas podem ser difíceis? Geralmente, quando se usa a expressão “conversas difíceis”, temos a nítida impressão que nos referimos a diálogos ruins, não é verdade?
Porém, sabia que as conversas difíceis vão além disso? Afinal, algumas são boas! É o que nos mostra a especialista em comunicação, Patricia Capeluto. Acompanhe no blog de hoje.
Algumas conversas difíceis sobre coisas boas
Você sabia que há algumas conversas difíceis que são boas? Contudo, ainda assim pode ser complicado falar sobre elas.
Vou te dar dois exemplos desse tipo de conversa:
1- Dificuldade de receber um elogio
Aposto que já aconteceu com você. O elogio é feito e você fica um tanto sem graça, desconfortável, e para responder você simplesmente muda de assunto e diz:
“Adorei seu brinco novo!” .
Ou ainda, um colega de trabalho diz:
“Sua apresentação hoje foi impecável, amei! Parabéns”.
E você responde:
“Nem tanto, gaguejei no começo…”
Pois bem, já parou para pensar por qual motivo agimos assim? Na nossa mente, simplesmente não nos achamos merecedores de tais elogios. Isso pode ser fruto do nosso elevado perfeccionismo, bem como uma implacável intolerância a erros e defeitos. Assim, temos uma autoavaliação distorcida.
Veja bem, não há nada de errado em querer ser melhor, no entanto, devemos sim comemorar e celebrar nossas qualidades.
Outras vezes, queremos deduzir o motivo pelo qual a pessoa teceu determinado elogio. Será que ela é falsa? Será que quer algo em troca? Mas veja, tudo não passa de uma dedução. Portanto, aceite o elogio, se for falso ou não, o problema não é seu, é do outro.
2- Expressar afeto
O segundo exemplo de conversas difíceis sobre coisas boas é quando estamos diante de uma expressão de afeto.
Alguém é carinhoso com você e verbaliza que te ama. Surge então no seu lindo semblante, aquele sorriso amarelo, com o desconforto de quem não quer devolver verbalmente o afeto. Não exatamente por não gostar da pessoa, mas pelo fato de não ser habitual para você esse tipo de expressão.
Nem preciso dizer que você fica sem graça, afinal, o outro está lá, naquela expectativa de você falar de volta, de retribuir.
E o que acontece? Você não fala e o outro fica magoado. Você, por sua vez, se irrita com a mágoa do outro, e não fala nada mesmo pois odeia se sentir pressionado.
Para algumas pessoas, demonstrar afeto é sinal de fraqueza ou carência. O que pensar nessas situações? Que tal trabalhar a sua curiosidade? Por exemplo: o que leva o outro a agir dessa forma?
Você já tentou entender o que está por trás das atitudes ou da falta delas? Acredite, pode não ter nada a ver com você. Tenha em mente que as pessoas têm histórias e referências diferentes. Portanto, tem maneiras diferentes de demonstrar afeto, uns são mais reservados, outros mais expansivos, e está tudo bem!
Fez sentido pra você? Então compartilhe com quem precisa ler isso.
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Um grande abraço e até o próximo post!