1. Dulce, é um prazer tê-la conosco. Para começar, como sua vasta experiência em áreas tão diversas como fonoaudiologia, neuromarketing e coaching influencia sua abordagem única nas palestras corporativas?
A vasta vivência em diversas áreas, como fonoaudiologia, neuromarketing, administração e coaching, oferece inúmeras vantagens, tais como uma perspectiva multidisciplinar, uma compreensão do comportamento humano, a valorização da comunicação como um fator de transformação e a promoção de novas conexões. O que torna a palestra única é multidisciplinaridade.
2. Sua capacidade de criar conexões transformadoras é notável. Poderia compartilhar uma técnica específica que você utiliza para engajar seu público desde o início de suas apresentações?
A técnica que uso para criar conexão é o rapport, para estabelecer o início do relacionamento entre o palestrante e o público desde o início da palestra. A autenticidade, energia, interação, respeito, empatia, comunicação e compartilhamento de experiências propiciam reflexão e confiança da audiência e fortalecem o relacionamento.
3. Quais estratégias você indicaria para aquele profissional que deseja melhorar seu marketing pessoal?
O aperfeiçoamento do Marketing Pessoal se inicia com o desenvolvimento do mindset, percepção da marca pessoal, o autoconhecimento, avaliação das oportunidades e desafios do mercado, o acompanhamento de tendências e, a comunicação clara e consistente de quem você é, o que faz, como faz e para quem você faz. É importante salientar que os profissionais não avaliam como estão sendo percebidos, como desejam ser percebidos e, o que é necessário desenvolver para atingir o que desejam.
O marketing pessoal requer uma profunda ligação com a marca pessoal, de forma transparente, ética e consistente, tanto no mundo físico quanto no virtual.
4- Em sua experiência, quais são os maiores desafios que as organizações enfrentam ao tentar promover um mindset inovador entre seus colaboradores?
Os maiores desafios vão desde a necessidade de mudança da cultura organizacional, valorização das competências comportamentais além das técnicas, lidar com o “erro” como forma de aprendizado, desafiar os colaboradores, criar espaço para a inovação, criar um movimento confiável em torno dos objetivos da ODS.
5. Você mencionou a importância da mentalidade positiva para o sucesso profissional. Poderia nos dar exemplos práticos de como desenvolver essa mentalidade no ambiente corporativo?
No ambiente corporativo há necessidade de “olhar” o que está acontecendo no mercado para enfrentar desafios, buscar oportunidades e acompanhar tendências. Sair da zona de conforto e experimentar fazer aquilo que pode fazer e ainda não fez.
Exemplos: pesquisas, leitura, aprender coisas novas, lidar com o medo em relação a tecnologia, frequentar lugares não habituais, visitar exposições, museus, grupos diversos, realizar atividades voluntárias, pedir feedback, “ouvir” opiniões diversas sobre determinado assunto, exercitar a empatia, aprender, desaprender e reaprender sempre.
6- A comunicação eficaz é crucial em qualquer organização. Como melhorar a comunicação interna nas empresas?
A comunicação corporativa clara, transparente, empática e flexível evita conflitos que afetam o ambiente, a qualidade e a produtividade.
Aplico, com frequência, a análise norte-americana S.O.A.R, que oferece a oportunidade de autoconhecimento, ao analisar o tipo de personalidade e o comportamento. Esta avaliação permite a percepção de falhas, bem como a compreensão de como lidar e estabelecer comunicação com diferentes tipos de pessoas. A partir disso, realizo atividades em grupos trazendo questões do dia a dia para serem resolvidas. Tomo como referência a fonoaudiologia, neurociência e comunicação não violenta.
A comunicação é facilitada pelo autoconhecimento, pois reflete a intenção, a psicodinâmica vocal do indivíduo na forma e no conteúdo.
7. Falando sobre liderança, especialmente em tempos de crise, quais estratégias você considera mais eficazes para líderes manterem suas equipes motivadas e focadas nos objetivos?
O líder precisa sair da posição de comando e controle, mudar o mindset, fortalecer a capacidade adaptativa e compreender que o mundo está em constante transformação. É preciso saber que 5 gerações irão trabalhar na mesma organização e há necessidade de integrá-las.
Para definição de estratégias é preciso entender a importância dos
aspectos citados, e partir para a busca de novos modelos de negócios, acompanhar o avanço tecnológico e oferecer suporte a saúde física e emocional.
8. Sua palestra “Marcas Marcam Marcas – Valorize a Experiência” aborda a interconexão entre marcas pessoais e corporativas. Como você acredita que profissionais podem melhorar sua marca pessoal para contribuir com a marca da empresa?
As marcas pessoais podem aprender muito com as marcas corporativas, desde o planejamento, a definição do público-alvo, como divulgar, o posicionamento, os cuidados com a reputação, o foco na inovação constante para sobreviver no mercado. Todas essas ações visam a experiência que desejam proporcionar aos seus clientes. Pense em um processo semelhante ao realizado por um profissional ao solicitar um trabalho. No ambiente profissional, há uma ligação direta entre as marcas pessoais e corporativas e tudo o que acontece tem um impacto positivo ou negativo, ou seja, gera a experiência positiva ou negativa
Quando a organização é valorizada e respeitada no mercado, gera benefícios para as marcas pessoais a ela conectadas, o que valoriza o profissional, quando o profissional faz um excelente trabalho valoriza a marca corporativa.
9. Na sua visão, como a integração e colaboração de equipes pode ser melhorada com o auxílio do neuromarketing?
Sim, seria benéfico para as organizações trazer o conhecimento proporcionado pela neurociência, assim como algumas escolas já fazem.
Alcançar o estado de fluxo (FLOW) dos colaboradores seria tudo de bom!
Trazer o conhecimento da neurociência para o mundo corporativo, significa desenvolver a inteligência emocional, aumentar qualidade/produtividade e estimular a inovação.
10. Você tem um foco significativo no Empreendedorismo Feminino. Qual mensagem você gostaria de passar para mulheres que estão começando sua jornada empreendedora no contexto corporativo? Qual seria o passo a passo básico para que ela tenha uma jornada bem-sucedida?
O primeiro passo é definir o que quer, qual a necessidade ou desejo que espera ser atendido.
Verifique o mercado, o público, os concorrentes, a localização, o ambiente físico e/ou virtual, os fornecedores e tudo o que estiver relacionado ao produto ou serviço.
Prepare um plano de ação, com os recursos necessários, sobretudo os financeiros, que são muito relevantes para uma empreendedora iniciante.
Busque por cursos de capacitação para o empreendedorismo, há diversos disponíveis gratuitamente.
É importante ter em mente que o capital social é tão relevante quanto o financeiro, pois, quando há uma rede de apoio, é mais fácil empreender. Existem inúmeros grupos e associações para mulheres empreendedoras.
Importante lembrar que há necessidade de muita determinação, paciência e resiliência, até é necessário aprender com os erros e não desistir porque faz parte do aprendizado
11. Considerando sua especialização em competências socioemocionais, qual competência você acredita ser mais crucial no mundo corporativo atual e por quê? Como adquiri-la e aprimorá-la?
Todas as competências são cruciais porque se complementam e pertencem ao constructo da inteligência emocional. O primeiro passo é querer mudar o mindset e depois ler, aprender, praticar e valorizar momentos de feedback.As competências socioemocionais e demandam aprimoramento constante porque vivemos no mundo em transformação (BANI)
12. A inteligência relacional é um tema que você aborda frequentemente. Poderia explicar como essa inteligência impacta as dinâmicas de equipe e o sucesso organizacional?
A inteligência relacional impacta no sucesso a medida que interfere nos relacionamentos das equipes, na colaboração, desenvolvimento e melhorias de processos porque somos pessoas relacionais, temos a necessidade de nos comunicarmos, compartilhar, influenciar e aprender com o outro. A inteligência relacional possibilita que colaboradores se relacionem positivamente, o que acarreta forte impacto no ambiente e nos resultados organizacionais.
(Continua na parte 2…)
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