13. A sustentabilidade e a responsabilidade social corporativa (ESG) estão se tornando cada vez mais importantes. Como as organizações podem integrar esses conceitos em suas estratégias de negócios de maneira efetiva?
ESG é um tema que gera muita discussão porque muitas vezes o discurso das organizações não são traduzidos na prática.
Para efetivar ações de ESG é necessário preparar-se a organização para mudanças culturais e do mindset da gestão. Integrar os princípios ESG (Ambiental, Social e de Governança) nas organizações envolve uma abordagem holística envolvendo a empresa na totalidade para contemplar os 3 pilares. O que envolve um conjunto de práticas que possibilitem a sustentabilidade, a consciência social e a gestão responsável que demanda um processo de mudanças corporativas e o mindset crescente.
14. Dentre as suas diversas publicações, há alguma que você considera essencial para todo profissional que deseja inovar e se destacar no ambiente corporativo? Por quê?
Considero essencial o tema Liderança em momentos de crise que desenvolvi no Mestrado. Evidencia-se, nesse tema, a complexidade de se liderar em um momento de acelerada transição, no qual se torna imprescindível para engajar equipes, gerar comprometimento e estimular o aprendizado contínuo. Os líderes com alto grau de inteligência emocional são capazes de enfrentar os desafios impostos para as organizações contemporâneas porque estimulam o trabalho colaborativo e em equipe, facilitam o processo de aprendizagem, promovem ambiente adequado, estimulam a inovação. Se, não houver um líder eficiente e eficaz, não há desenvolvimento dos profissionais.
16. A transição de áreas como saúde para o marketing e gestão é fascinante. Que conselhos você daria para profissionais considerando uma mudança de carreira tão significativa?
O primeiro passo é avaliar a fase do ciclo de vida profissional, entender o que está acontecendo para querer mudar.
Depois definir exatamente o que quer fazer (qual é o seu propósito). Se não houver clareza e objetividade, tudo fica mais difícil. Avalie suas competências, experiências o que precisa desenvolver, defina um plano com recursos técnicos, humanos e financeiros e vá em frente!
Importante, muitos profissionais na fase que desejam mudar fazem inúmeros cursos, mas sem saber o que farão com esse conhecimento.
17. Em suas palestras, você enfatiza a importância do autoconhecimento. Como você acredita que o autoconhecimento contribui para o sucesso profissional?
O autoconhecimento é a base, a essência do desenvolvimento profissional, qualquer ação começa de dentro (marca pessoal) para fora (marketing pessoal) e envolve propósito, missão, visão, valores, crenças, competências, percepção dos diferenciais, autopercepção, características de personalidade, estilo de comunicação. A falta de desenvolvimento do autoconhecimento fragiliza o profissional.
18. Quais tendências nessa área você acredita que serão cruciais para os profissionais nos próximos anos?
Nos próximos anos, é crucial observar o futuro do trabalho, a necessidade de desenvolver novas competências e cultivar resiliência. O foco na transformação digital também se torna essencial, assim como agir de acordo visando o Desenvolvimento Sustentável (ODS).
19. Considerando sua expertise em Storytelling, como contar histórias pode ser utilizado como uma ferramenta poderosa para liderança e engajamento de equipe?
Storytelling é uma ferramenta que possibilita o engajamento de colaboradores porque facilita a aprendizagem, favorece a retenção da atenção e, além disso, libera neurotransmissores o que possibilita conexões emocionais.
20. Como o empreendedorismo feminino está redefinindo as estratégias corporativas para alcançar alta performance, e quais práticas as empresas podem adotar para apoiar ainda mais as mulheres empreendedoras dentro de suas estruturas.
As empresas precisam adotar práticas que envolvam a participação da mulher em cargos de liderança, promovendo a inclusão e diversidade de gênero, igualdade salarial, porque a liderança não é masculina ou feminina. É importante ressaltar que uma organização é privilegiada quando existem homens e mulheres ocupando cargos de liderança, principalmente no quesito inovação. Convém ressaltar que práticas como horários alternativos, trabalhos remotos, licença parental não interessam apenas ao universo feminino.
21. No contexto do crescente número de mulheres no mercado de trabalho e em posições de liderança, quais são os maiores desafios que elas enfrentam para equilibrar alta performance com as demandas da vida pessoal, e como as corporações podem facilitar esse equilíbrio?
O número é crescente, mais ainda insuficiente porque há várias formas de discriminação quanto ao papel da mulher nas organizações e posturas inadequadas ou tóxicas.
Lidar com a “toxicidade” é o maior desafio! Uma das situações mais frequentes ocorre quando a mulher engravida e posteriormente entra em licença maternidade. Vivencio há 20 anos o mundo corporativo e não faltam histórias que evidenciem inúmeras situações envolvendo prejuízo a saúde mental, assédio moral, sexual, discriminação, entre outros.
22. Considerando a importância da diversidade e inclusão para a inovação e performance corporativa, como o fortalecimento feminino pode contribuir para uma cultura organizacional mais rica e dinâmica?
Quando a cultura organizacional tende a ser mais adaptável, inclusiva, colaborativa, a organização se torna mais humanizada o que favorece e fortalece e amplia o papel feminino.
23. Quais estratégias específicas você recomendaria para mulheres que aspiram a posições de alta performance no ambiente corporativo, tendo em vista os obstáculos adicionais que podem enfrentar em comparação aos seus colegas masculinos?
O lugar da mulher é onde ela quer estar! Para isso não precisamos ser feministas ou não reconhecer o trabalho masculino, precisamos nos posicionar e é claro ter conhecimento e domínio do que nos propomos a fazer, e é claro que a inteligência emocional muito contribui para o alcance dos resultados. Aprender a posicionar-se é fundamental para conquistar cargos de alta gestão.
24. Por último, Dulce, agradecemos imensamente por sua participação. Que mensagem final você gostaria de deixar para os profissionais responsáveis por contratar palestras, sobre o valor de trazer insights inovadores e transformadores para suas organizações?
Quando comecei a realizar palestras, percebi que os insights são como ‘pontos de luz’ que conduzem à reflexão, inspiração e mudança de mindset fixo para mindset em constante crescimento.
Profissionais de diversas organizações e áreas de atuação frequentemente questionam quando abordo questões que ocorrem no dia a dia organizacional, muitas das quais passam despercebidas e seus impactos não são mensurados.
Diante disso, considero a palestra um momento único para reconhecer o valor de trazer insights capazes de inspirar, oferecer conhecimento e gerar transformação. Com base em minha experiência, buscamos temas que provoquem insights, pois através deles os profissionais obtêm a coragem necessária para mudar o mindset.
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