Palestras de Sucesso Entrevista Andre Garcia

1- Grande palestrante André Garcia, é um prazer recebê-lo em nosso time. Muito obrigado pela gentileza em nos atender para essa entrevista. De início, quando você descobriu essa paixão pelas duas rodas, e o que te levou a direcionar sua carreira para temas envolvendo sobretudo a humanização do trânsito? 

R: Desde criança sempre fui apaixonado por moto, tudo começa com a bicicleta. Meu pai tinha um amigo e sócio que usava moto e por muitas vezes me levou na garupa. Acho que foi aí que fui picado pelo motociclismo. 

Em 2006 depois de um longo período sem moto, incentivado pela esposa, que também pilota, voltei a andar de moto para agilizar o dia a dia. Passei a participar de um fórum no site Motonline e sem querer orientava as pessoas em relação a segurança viária, a necessidade de utilizar equipamento, quando fui convidado pelo editor a ter uma coluna de “Segurança&Legislação”, já que também orientava sobre Defesa do Consumidor, passei a responder cartas aos leitores, avaliar motocicletas e não parei mais.  

Entre 2010 e 2012 os acidentes com motocicletas explodiram e comecei a pensar em realizar algo que pudesse conscientizar as pessoas, tanto motociclistas quanto motoristas e pedestres. Em 2012 durante um tratamento de câncer, eu resolvi que não militaria mais na advocacia e me dedicaria a educação, foi quando criei o Projeto Motociclismo com Segurança que tem por objetivo aculturar a sociedade em segurança viária e especificamente o motociclista sobre a importância da cultura de duas rodas. Quando falo em cultura de duas rodas tenho como paradigma a Itália, onde o indivíduo sabe que moto comprar de acordo com a utilização que fará, manutenção, equipamentos etc…

2-Países com índice de acidentes de trânsito baixo, costumam priorizar a educação das pessoas. Você tem um papel altamente nobre em nosso país, ao levar palestras sobre educação no trânsito, como um verdadeiro pedagogo da segurança viária. Pensando na esfera corporativa, conta pra gente quais os benefícios da sua palestra sobre Educação e Segurança de Trânsito para as empresas e seus colaboradores. O que ela promove de inovador e quais valores ela pode agregar à empresa contratante?

R: Agradeço pelo papel nobre, mas é totalmente desvalorizado e por vezes ignorado. As pessoas só pensam em segurança viária quando acontece uma desgraça com um amigo ou familiar. É a velha dualidade da vida em aprender com amor ou na dor, parece que o ser humano ainda prefere a segunda hipótese. 

Quanto maior o padrão educacional em uma sociedade, maior o respeito pela convivência no espaço público. Por isso que em países como a Suécia já existe projeto como Visão Zero que tem por objetivo zero acidentes de trânsito. Note que eles não falam em diminuição de mortes que já é quase zero, eles falam em zero acidente. O trânsito nada mais é que a circulação de veículos motorizados e não motorizados, pedestres e animais em um espaço público. As pessoas se movem todos os dias para cumprir seus afazeres e não é razoável acreditar que acidente de trânsito seja algo predestinado. O termo acidente foi vulgarizado no Brasil, porque acidente é quando se faz tudo que é necessário para evitar o resultado. Quando alguém bebe e dirige ou utiliza o celular enquanto dirige não há que se falar em acidente, mas incidente, porque a pessoa assumiu o risco, trata-se de dolo eventual.

Os benefícios na esfera corporativa é a empresa não perder mão de obra qualificada por por afastamento temporário ou definitivo, além de toda comoção gerada quando ocorre um acidente de trânsito que diminui a produção (intelectual e ou manual) do grupo a quem o colaborador fazia parte. 

O feedback que tenho das empresas é de que os temas abordados na palestra se tornam, por semanas, o principal assunto no café. As pessoas são tocadas e muitas mudam seu comportamento na condução de um automóvel, motocicleta ou bicicleta e, principalmente, como pedestres. Mas, é do ser humano entrar no automático e a empresa precisa adotar ações para lembrar todos os dias. 

As pessoas precisam se lembrar todos os dias que dentro de um automóvel ou montado em uma motocicleta ou bicicleta há um ser humano. Não é a “tia do suve” ou o “motoboy”, mas seres humanos, pais e mães de família, com suas imperfeições. 

3-  O termo humanização está em alta, tanto na sociedade quanto no mundo dos negócios. Ao seu ver, quais ações uma empresa pode adotar no sentido de humanizar suas relações com clientes e colaboradores? Você acredita que uma palestra sobre humanização surge como uma alternativa de impacto positivo, trazendo empatia e um olhar mais humano aos eventos empresariais?

R: Toda empresa de sucesso tem ao menos três pilares fundamentais: Missão, Visão e Valores. É verdade também que sem pessoas a empresa não existe. Portanto é essencial antes de desejar o cliente ou determinado mercado, que a empresa tenha esses três pilares focados nos seus colaboradores. Não adianta aplicar esses três pilares para o cliente e esquecer daquele que vai tratar com o cliente. 

Humanizar é tornar-se benévolo, tolerante uns para com os outros. Resumidamente é tratar como gostaria de ser tratado. 

Eu acredito que uma palestra possa levar pessoas à reflexão da necessidade de respeitar o próximo com suas diferenças. De ter empatia e compaixão pelo próximo. 

Não existe espaço no mundo atual para o ser humano umbilical. No trânsito prevalece o interesse coletivo, se você está com pressa, problema seu, tivesse planejado uma saída mais cedo, os outros usuários da via pública não tem, absolutamente, nada a ver com sua pressa. 

4- Um tema que você também aborda é filosofia. Compartilhe com nossos leitores, 3 nomes que você considera relevantes nessa área e suas respectivas lições, lições estas que você costuma aplicar em sua vida e negócios.

R: Difícil compartilhar só três nomes, têm vários. O que posso afirmar é que estudando o Espiritismo como filosofia há décadas e agora estudando a filosofia tradicional com Aristóteles, Sócrates, Platão e outros mais atuais como Durkheim, Nietzsche, Kant, Descartes, dentre outros, há uma convergência com a doutrina que Jesus de Nazaré – O Cristo, nos ensinou em sua passagem pela Terra e que foi elucidada pelas obras de Allan kardec, um pedagogo quase ateu e discípulo de Johann Heinrich PESTALOZZI. Que posso é sugerir a leitura de três obras: “O livro dos Espíritos” obra que deve ser lida e relida todos os dias em doses homeopáticas, “Por que Ética é mais importante que religião” de Dalai Lama e “Ética e vergonha na cara” de Mário Sérgio Cortella e Clóvis de Barros Filho.

5- Acidentes de trânsito acarretam, infelizmente, em perda ou afastamento de um colaborador. Ou seja, todos saem prejudicados. Qual a importância da empresa desenvolver uma cultura de segurança para eliminar os acidentes de trânsito e como torná-la uma realidade? 

R:  Costumo afirmar que a palavra direciona (ou convence), mas o exemplo arrasta. Quero dizer com isso que o exemplo dentro de uma empresa tem que vir de cima. Não adianta o empresário ou CEO exigir ações para minimizar acidentes, autorizar a contratação de profissionais e não dar exemplo, não participar de uma palestra sob o pretexto de compromissos ou tarefas inadiáveis. Já aconteceu de realizar ações em empresas onde saindo com minha moto me deparei com um diretor saindo de automóvel, do estacionamento, falando ao celular e, literalmente, quase me atropelando. 

A importância é imensurável do ponto de vista imaterial e surte efeito quando pensamos no negócio ($$$). 

6-  Vamos falar sobre desenvolvimento humano. A princípio, ele pode ser definido como “processo de ampliação das escolhas das pessoas para que elas tenham capacidades e oportunidades para serem aquilo que desejam ser”. Para  o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), desenvolvimento humano é aquele que situa as pessoas no centro do desenvolvimento, promovendo a realização do seu potencial, o aumento de suas possibilidades e o desfrute da liberdade de viver a vida que elas desejam. 

Na sua visão, como podemos ampliar nossas capacidades e gerar mais oportunidades, sobretudo na esfera profissional e de qualidade de vida?

R: O Programa de Desenvolvimento Humano da ONU é traçado em dezessete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Vou apontar dois objetivos que tem tudo a ver com o meu projeto e minha palestra: Saúde e Bem-estar e Educação de qualidade. Na palestra que faço, as informações que transmito e na interação com o público sempre tem alguém que colabora com alguma história, a reflexão educa e essa educação traz saúde e bem-estar, simplesmente, porque a partir do momento que indivíduo é lembrado da sua responsabilidade quando divide o espaço público, da necessidade de agir com ética, certamente, evitará acidente que lhe causaria problemas que são contrários a saúde e bem estar.  

Evidentemente que a empresa deve atentar-se para os outros 15 ODS, todavia, comentar cada uma delas sairia do escopo do meu trabalho. 

7- Você atua com palestras em muitas empresas, especialmente em ocasiões como SIPAT, onde notamos que você é uma grande referência.  Além disso, você escreve matérias sobre segurança no trânsito e trabalho e sempre frisa o quanto a utilização dos equipamentos ou EPIs para pilotagem é essencial para salvar ou amenizar as consequências de um acidente.

Quais são os EPIs que as pessoas mais “deixam de lado”, ignoram e que certamente salvariam vidas? Por qual motivo você acredita que essa negligência ainda acontece?

R: Costumo afirmar o seguinte: quando você é convidado para uma festa que exige a utilização de um smoking, com certeza, apesar de convidado, você não entrará na festa se estiver trajando bermuda ou calça jeans. O mesmo se dá para quem deseja utilizar uma motocicleta, é sine qua non a utilização de equipamentos. Equipamentos: calçado acima do tornozelo, calça com proteções, jaqueta apropriada com proteções, luvas, se possível protetor de coluna e ou de rim (como é falado na Europa) e o capacete. 

As pessoas só utilizam capacete porque é obrigatório por lei, visto que pelo Código de Trânsito Brasileiro determina que ao utilizar motocicleta sem capacete é considerado infração gravíssima com penalidade de multa e suspensão do direito de dirigir e como medida administrativa imediata a retenção do veículo até regularização e recolhimento da carteira de habilitação. 

Infelizmente, é, ainda, uma minoria que faz uso dos equipamentos de segurança com a noção da necessidade de sua utilização.  

8- Bebida e direção nunca combinaram. Qual estratégia pode-se utilizar para conscientizar um motorista que está acostumado a beber e dirigir e acha que nunca acontecerá nada com ele? 

R: Se a criança é possível educar com boa pedagogia, com histórias, brincadeiras; com adulto é necessário, por vezes, chocar e depois orientar, conversar e exemplificar. O adulto é muito teimoso para mudanças, especialmente quando a mudança precisa ser de dentro para fora. 

9- Quais temas  envolvendo ética, moral, e valores podem levar o indivíduo a refletir sobre a vida em sociedade e, neste sentido, desenvolver um pensamento mais coletivo, especialmente no que se refere à direção? 

R: Os temas sempre envolvem família, amor, respeito. Acredito que todos que saem de casa para trabalhar, desejam voltar para sua esposa (o), filhos, pais, bichos de estimação…amigos etc…

10- Muito tem se falado sobre veículos autônomos. O que você pensa em relação à expectativa de que esse tipo de veículo, ao excluir o fator humano (no caso, o motorista) da direção dos carros, poderia acabar com os acidentes de trânsito ? Algo otimista demais ou algo, de fato, próximo da realidade? 

R: Vai levar algum tempo ainda. Toda tecnologia que visa auxiliar o motorista é muito bem vindo. É bem pessoal, jamais deixaria um automóvel 100% a cargo de uma inteligência artificial, eu sempre estarei no controle da máquina e posso aceitar seu auxílio para evitar erros. Utilizar um automóvel com tecnologia de auxílio como Controle de Cruzeiro Adaptativo torna a viagem mais relaxada e menos tensa. 

11-  Como especialista em motos, vamos supor que você está diante de um empreendedor que atua no mercado de revenda de motos. Você está prestando uma consultoria para ele, onde ele busca compreender quais são as motos mais seguras do mercado para que ele disponibilize os 5 modelos mais seguros em sua loja. Quais seriam essas motos e quais as vantagens que elas oferecem no quesito segurança? 

R: Não falo de modelos e marcas. Mas diria para ele mostrar para seus clientes que é necessário escolher a moto de acordo com a utilização que fará e o peso que levará, considerando o peso do próprio piloto, talvez da garupa e de alguma outra carga. A cilindrada mínima para trafegar em vias rápidas é de 250cc e é essencial que a moto tenha freios ABS (Antilock Braking System) que não trava as rodas em um frenagem abrupta. Se puder, uma moto com controle de tração é bem vindo. 

Na entrega da moto, além de fazer toda a regulagem de manetes e pedais para o biotipo do cliente, uma aula com vídeo sobre segurança viária se tornaria inesquecível.  

12- Voltando a falar sobre filosofia. Você comenta que o acidente de trânsito não está predestinado, ele é evitável. Como a filosofia e a metafísica podem ajudar no sentido de mostrar isso para as pessoas de forma clara e impactante?

R: A filosofia e a metafísica são essenciais para que o indivíduo tome consciência de seus atos e suas responsabilidades. É muito grave sequelar ou matar alguém por motivos egoísticos, devido bebida ou uso de celular quando se dirige. Pode não prestar contas no tribunal dos Homens mas não escapará do Tribunal do Universo.

 É normal no ser humano exigir direitos e protelar de alguma forma seus deveres e me parece que no brasileiro isso é mais latente. O ser humano está em progresso contínuo e é necessário estar mais conectado às pessoas, a natureza, ter mais atenção aos afazeres, sair do automático. Se espiritualizar, aceitar a reforma íntima. 

13- A manutenção preventiva também é uma forte aliada quando o assunto é evitar acidentes. Quais são as manutenções básicas a se fazer em qualquer veículo, com o intuito de prevenir acidentes e aumentar a segurança? 

R: A manutenção preventiva como o nome denuncia é prever algo. No automóvel calibragem de pneus, níveis de óleo e de combustível, pneus em bom estado para rodagem, ou seja, dentro das especificações de segurança, sem desgaste que com piso molhado faça perder a direção. Mecânica em ordem. 

No caso da motocicleta é ainda mais importante porque primeiro que a estabilidade da moto é dinâmica ao contrário do automóvel que é parado, ou seja, a moto está apoiada em 2 rodas enquanto do automóvel está em 4 rodas. Parada a moto cai para o lado sem apoio. Na moto necessário atenção máxima para a relação – conjunto formado por pinhão, coroa e corrente, estado dos pneus e calibragem correta de acordo com o manual do usuário, freios, fluídos e o óleo do motor, além de tanque sempre com combustível que possibilite chegar ao destino, sistema elétrico sempre em bom funcionamento não só porque, por lei, é obrigatório o farol ligado, mas, porque o farol o torna mais visível e isso demonstro cientificamente na palestra. 

14- Uma boa parte dos motoristas reclamam dos motociclistas, sobretudo no que se refere ao comportamento no trânsito. De fato, uma parcela dos famosos “motocas” dispensa a direção defensiva e aposta no fator agressividade ao circular pelas ruas das cidades. Muitas vezes, motivados pela necessidade de fazer uma entrega mais rápida, por exemplo.

Esse tipo de conflito, tem solução ao seu ver? Quais orientações você daria para que aquele que dirige uma moto, a conduza de forma segura e assertiva, e o qual conduta o motorista deve adotar, no sentido de também não lançar mão de uma direção agressiva em relação às motos? 

R: Antes de responder, é necessário fazer uma afirmação: a falta de respeito, a falta de educação é generalizada (motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres). Todos os dias eu vejo motorista com SUVE de alto valor agregado fazendo coisas inomináveis, na mais pura selvageria quem tem mais lata vence. Tem um posto de combustível em um cruzamento no Morumbi, bairro onde moro, que quando o farol está fechado, automóveis de todos os tipos e marcas passam por dentro do posto para furar o farol. Já houve atropelamento com morte e foi necessário o posto por determinação da CET tomar medidas para que isso não ocorresse mais. E o que afirmo é corroborado na obra “Fé em Deus e pé na tábua” do antropólogo Roberto DaMatta. 

Quanto a pergunta é difícil mas tem solução. O problema é que as empresas como IFood dão prêmios em espécie para aquele que fizer entrega mais rápido ou que fizer o maior número de entregas por dia. Se o entregador tivesse educação, estivesse mais intelectualizado, se daria conta de que não vale correr o risco de vida para obter certa quantia. A situação é triste porque para nós, R$20 a R$80 reais não faz diferença no orçamento, mas desse indivíduo faz. Mas como afirmo, ele não conjectura a menor possibilidade de ficar sem o seu rendimento por conta de um afastamento que por vezes leva meses, anos, aumentando sua condição de miserabilidade. Um detalhe nisso tudo: o afastamento será custeado pelo Estado com dinheiro dos nossos impostos. O IFood lava as mãos.  

A dica que daria para o motociclista é o lema do meu projeto: não há razão quando se ganha uma lesão. Não adianta o farol estar verde ou ser a sua preferência, você é o parachoque. Não tenha pressa, mais vale perder um compromisso por um minuto, do que a vida em um minuto.  Para o motorista, tenha mais empatia, não se rebaixe, intelectualmente falando, no mesmo nível daquele rapaz que por vezes comete atrocidades para mostrar autoafirmação.

15- Quais as principais iniciativas uma empresa deve tomar para criar um plano para evitar acidentes de trabalho “in itinere”, e desonerar a empresa com a perda temporária ou permanente da mão de obra, e evitar o incômodo emocional da equipe de trabalho e familiares?

R: É sine qua non ter um plano de educação continuada. A minha palestra será lembrada por meses, mas a empresa pode com pequenos toques lembrar todos os dias. Além da teoria, é necessário treinamento prático para motociclistas e motoristas, quando é possível faço uma aula que denomino “Ponto Cego” (sempre depois da palestra) onde é possível utilizar um automóvel e sem tirá-lo do lugar demonstrar a importância do ajuste correto dos espelhos retrovisores. Essa aula é espetacular ao ver o semblante das pessoas antes (com ajuste errado) e depois (com ajuste correto), porque cada uma entrará no carro simulando a direção. Em algumas empresas é possível realizar com caminhão e a experiência também é muito boa.

16- Como ser ético no trânsito?

R: Não fazer aquilo que não gostaria que lhe fizessem. Tratar como gostaria de ser tratado. 

17- Supondo um caso de emergência, até que ponto é ético avançar o sinal vermelho?

R: Em caso de incêndio chama-se o bombeiro. Em caso de emergência é compreensível, por vezes, o socorro imediato, mas não adianta se colocar em risco e a uma coletividade que nada tem a ver com aquilo em um primeiro momento. Em um caso desse é essencial pedir ajuda da polícia militar ou avaliar chamar a Emergência (ambulância).

18- De que maneira cada um de nós pode contribuir para um trânsito seguro e mais humano? 

R: Fazendo sua parte. Se cada um fizer sua parte, agindo com ética, valores, moral, a consequência será um trânsito mais humano. As pessoas precisam deixar o ego no armário do seu quarto para sair na via pública, parar de enxergar o bem (automóvel, moto, bicicleta, caminhão, ônibus) e enxergar pessoas. 

19- Muito grato pela sua atenção. O espaço é seu para deixar um recado aos leitores e leitoras do blog.

Eu acredito no que faço. Faço com muito amor, todas informações que levo nas palestras são fundamentadas por leis ou especialistas de segurança viária, especialmente, do primeiro mundo que está anos luz do Brasil e dou como exemplo Alemanha, Inglaterra e Austrália que no final da década de 60 já tinham programas governamentais de segurança viária. O foco pode ou não ser motocicleta, mesmo quando é motocicleta a palestra é essencial para pedestres, ciclistas e motoristas, talvez daí o sucesso com diversos perfis de público. 

O empresário, o gestor precisa se convencer de que o colaborador necessita desse investimento. Tirar o colaborador de sua função por algumas horas não é perda de tempo e dinheiro, muito pelo contrário, é um investimento de longo prazo. Vejo empresas que exigem mágica da Segurança do Trabalho, mas não dão condições para um trabalho duradouro. Não se educa em 5, 10 ou 40 minutos. Faço palestras de 40 minutos ou menos, sim faço, mas o ideal é a palestra inteira que leva 2 horas ou mais dependendo da participação do público. E esse tempo passa muito rápido. Quando a equipe tem apoio do staff da empresa, é nítido a produtividade gerada na palestra com troca de experiências. 

Por fim, não adianta negar duas horas de palestra e depois perder o colaborador por meses ou até mesmo definitivamente. 

Estou sempre à disposição para trocar ideias, indicar moto, indicar equipamentos, indicar automóveis (os mais seguros), falar com todos de pedestres à motoristas de caminhão. 

Um grande e fraternal abraço 

André Garcia

O palestrante que leva todos a refletirem sobre a ética pela vida no espaço público.

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