O verdadeiro inimigo da inovação pode estar dentro da casa – Com Charles Schweitzer

A inovação organizacional corre risco quando os próprios processos internos agem como obstáculos invisíveis

Muitas empresas declaram investir em inovação organizacional, mas, no cotidiano, seus próprios departamentos acabam sabotando esse objetivo. 

Em vez de promover mudanças, agem como barreiras silenciosas que bloqueiam o progresso. 

É hora de líderes olharem com honestidade para dentro de casa e refletirem onde estão sendo parte da solução ou do problema.

Os anticorpos corporativos que impedem a inovação

Inovar requer abertura, agilidade e espírito colaborativo. No entanto, diversas áreas internas operam de forma oposta. 

Departamentos como Compras, Jurídico, RH e Segurança da Informação seguem rotinas rígidas, voltadas apenas para seus próprios KPIs e normas internas. 

O resultado é a criação de anticorpos corporativos que combatem qualquer proposta que fuja do padrão.

A cada ideia nova, surge uma negativa. A cada tentativa de parceria, um entrave jurídico. A cada movimentação fora da rotina, uma barreira operacional. 

A inovação, nesse cenário, nunca ganha fôlego. Fica presa no labirinto da burocracia e na resistência dos silos departamentais.

Inovação organizacional começa pela transformação interna

Charles Schweitzer, referência em inovação corporativa, afirma que a primeira responsabilidade do líder é revisar seus próprios processos. 

Segundo ele, muitas vezes, os próprios departamentos, ao focarem somente em suas metas internas, atuam como verdadeiros inimigos da inovação.

“Estes líderes estão habilitando a inovação acontecer ou estão apenas preocupados com os seus próprios indicadores e processos, agindo como anticorpos da inovação?”, provoca.

É preciso romper a lógica da autopreservação. Quando cada área se fecha em sua própria lógica de operação, a empresa perde sua capacidade de se reinventar. 

A transformação cultural exige integração, escuta ativa e prioridade às dores reais do negócio.

Confiança no time de inovação: um passo estratégico

Muitas empresas criam núcleos de inovação, contratam talentos e investem em estrutura, mas não entregam a esses times desafios reais. 

Charles reforça que, para a inovação ser útil, é essencial confiar ao time de inovação os problemas mais relevantes da companhia.

Se a inovação só recebe demandas cosméticas, não gera valor. Se não há autonomia para testar soluções e buscar startups que possam colaborar, o time perde seu propósito. 

A inovação organizacional precisa estar conectada com o coração do negócio e com as dores que importam.

Apetite de risco e a importância de pactuar o erro

Toda inovação carrega incertezas. Por isso, é fundamental pactuar com a possibilidade de erro. Schweitzer explica que, quando há clareza sobre isso desde o início, a empresa desenvolve um apetite de risco saudável.

“Inovação pode falhar, especialmente nas primeiras tentativas. E se isso estiver pactuado, está tudo bem”, afirma.

O problema surge quando o erro é punido, mesmo que sutilmente. Nessa cultura de punição, ninguém arrisca. E onde não há risco, não há inovação.

O bloqueio invisível da transformação

Quando cada área trabalha isoladamente, defendendo suas métricas e processos, a inovação se torna impossível. 

Para que a transformação cultural aconteça, é preciso incentivar a colaboração transversal. Times precisam conversar. 

Departamentos devem entender o impacto de suas ações nos demais. Líderes precisam atuar como facilitadores, e não como controladores.

Inovação como cultura, não como exceção

Organizações que realmente inovam não tratam o assunto como um projeto. Inovação não pode ser um evento ou uma célula isolada. 

Precisa ser cultura, mentalidade e rotina. Isso exige mudanças estruturais e comportamentais.

Entre os pilares dessa nova cultura estão:

  • Processos mais flexíveis e orientados a resultado
  • Clareza sobre os objetivos estratégicos da empresa
  • Comunicação aberta entre áreas
  • Confiança na autonomia dos times
  • Aprendizado constante com erros e acertos

Esses elementos criam o solo fértil onde a inovação organizacional pode crescer de forma genuína.

Liderança que promove e não bloqueia

O papel do líder é crucial. Ele pode ser o catalisador ou o freio da inovação. Se age com medo, cria burocracia. Se age com confiança, libera potencial. 

Charles Schweitzer reforça que a liderança precisa ter coragem de mudar, inclusive mudar a si mesma.

Empresas que se transformam começam por líderes que fazem autocrítica. Que revisam regras internas. 

Que escutam suas equipes. Que reconhecem onde estão bloqueando e onde podem destravar.

O verdadeiro inimigo pode estar no espelho

Antes de culpar o mercado, a concorrência ou a escassez de talentos, muitas empresas precisam encarar uma verdade dura. 

O maior inimigo da inovação pode estar dentro da casa. Nos processos antigos, na estrutura engessada, nas metas que não conversam entre si.

Inovar exige sinceridade. E a mais difícil de todas é olhar para si.

Um chamado para reinventar por dentro

Organizações que querem crescer precisam começar pela reforma interna. Isso inclui:

  • Redesenhar processos
  • Eliminar entraves desnecessários
  • Promover diálogo real entre áreas
  • Delegar problemas relevantes ao time de inovação
  • Pactuar com o erro como parte da jornada

É assim que a inovação organizacional deixa de ser um discurso bonito e passa a ser uma vantagem competitiva real.

Você identificou anticorpos da inovação na sua empresa?
Comente abaixo, compartilhe com um colega e leve essa reflexão adiante. Muitas transformações começam quando alguém ousa questionar o que parecia “normal”.

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Charles Schweitzer é um dos principais nomes do Brasil em cultura de inovação, com ampla experiência prática liderando transformação em empresas como Leroy Merlin e Banco Carrefour. Hoje, como CEO da startup Tanto, ele conecta corporações e startups para resolver problemas reais com inovação de verdade.

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Charles Schweitzer

Quando o assunto é inovação, Charles Schweitzer é uma das vozes mais respeitadas do Brasil.

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