1- Elidamar, muito obrigado por nos conceder esta entrevista. Sua trajetória é marcada por inovações científicas e tecnológicas. Como você vê o papel da biotecnologia e da nanotecnologia na transformação de realidades empresariais e sociais? A quantas anda a evolução, legislação e burocracias no desenvolvimento de projetos-novos negócios?
R: Biotecnologia e nanotecnologia são ferramentas poderosas para transformar tanto o mundo empresarial quanto o social. Elas trazem soluções inovadoras para áreas como saúde e meio ambiente, ajudando a criar materiais novos, tratamentos médicos avançados e processos industriais mais sustentáveis. No entanto, no Brasil, ainda enfrentamos desafios regulatórios e burocráticos que podem atrasar esse progresso. A chave para superá-las é uma colaboração próxima entre cientistas, empreendedores e legisladores, com foco na aceleração do desenvolvimento tecnológico, sempre em conformidade com as normativas éticas e regulatórias.
2- Na sua palestra sobre Inovação Disruptiva, você aborda como as tendências emergentes em biotecnologia podem ser aproveitadas por empreendedores. Quais são os principais desafios que os empresários enfrentam ao tentar implementar essas inovações e como superá-los?
R: Os principais desafios para os empresários são conseguir financiamento e lidar com regulamentações, burocracias complexas, principalmente em áreas como biotecnologia e saúde. Para superar esses obstáculos, é importante formar parcerias estratégicas com investidores, universidades e órgãos reguladores, além de focar em pesquisas que garantam a viabilidade e segurança das inovações. Também é crucial ter uma visão de longo prazo e ser flexível e criativo para enfrentar as dificuldades características de cada projeto a ser desenvolvido.
3- Você tem uma palestra focada em empreendedorismo na área da saúde. Quais são as oportunidades mais promissoras nesse setor para inovação e como os profissionais de saúde podem se preparar para aproveitá-las?
R: Oportunidades incluem a telemedicina, os tratamentos personalizados com uso de ferramentas em bioinformática e, em especial, as nanotecnologias em vacinas, que representam algumas das grandes oportunidades no setor de saúde. Para aproveitar essas inovações, os profissionais que desejam destacar-se devem investir em conhecimento sobre essas tecnologias emergentes, buscar especializações e estar atentos às novas demandas de um mercado que caminha rapidamente para soluções mais acessíveis e eficazes. Afinal, o futuro já começou.
4-O protagonismo feminino é um tema importante no mercado atual e faz parte direta do seu trabalho. Quais estratégias você recomenda para mulheres que desejam assumir papéis de liderança em indústrias tecnológicas e científicas?
R: Para mulheres que querem liderar nas áreas tecnológicas e científicas, é fundamental buscar mentorias, se atualizar constantemente e aceitar projetos desafiadores. Desenvolver habilidades de negociação e comunicação assertiva também é essencial. Além disso, criar uma rede de apoio e se conectar com outras mulheres nesses setores pode abrir portas e fortalecer o protagonismo feminino.
5- Como expert no assunto e palestrante no tema, você explora técnicas sustentáveis para recuperação de ambientes degradados. Como a biotecnologia pode ser aplicada de maneira prática para resolver problemas ambientais urgentes?
R: A biotecnologia oferece soluções práticas, como a biorremediação, que usa microrganismos como bactérias que são utilizadas para limpar poluentes em solos e águas. Recentemente, a combinação de nanotecnologia com biorremediação tem mostrado resultados promissores na aceleração desses processos, oferecendo alternativas mais sustentáveis para combater a poluição industrial, onde podemos constatar por meio de alguns trabalhos científicos publicados em jornais científicos renomados na área.
6- Como você enxerga o papel da inteligência artificial na ampliação da criatividade e produtividade no ambiente empresarial, especialmente em setores altamente técnicos como a biotecnologia?
R: A inteligência artificial (IA) está revolucionando a pesquisa e o desenvolvimento, permitindo análises mais rápidas e precisas. Na biotecnologia, a IA acelera o design de terapias, otimiza a produção e analisa grandes volumes de dados genômicos. Nesse sentido, acredito que a IA, ao automatizar tarefas repetitivas e oferecer insights poderosos, permite um tempo e espaço maior na realização de tarefas, para que cientistas e empreendedores sejam mais criativos e estratégicos em suas decisões.
7-As vacinas nanotecnológicas estão na vanguarda da imunização. Quais são os avanços mais recentes nessa área e como eles podem impactar a saúde global nos próximos anos?
R: As vacinas nanotecnológicas representam um grande salto na imunização, permitindo a entrega de antígenos de forma mais eficiente e direcionada, com menos efeitos colaterais. Avanços recentes, como vacinas de nanopartículas contra o HIV e a COVID-19, mostram grande potencial para transformar a saúde global, especialmente em áreas de difícil acesso, com pouca estrutura ou tecnologias, onde vacinas mais robustas e estáveis podem salvar milhões de vidas, sem depender de grandes organizações logísticas e de processos locais.
8- A engenharia genética oferece um vasto campo de possibilidades. Como as empresas podem utilizar essas tecnologias para criar soluções inovadoras e quais são as implicações éticas envolvidas?
R: A engenharia genética oferece muitas oportunidades, como a criação de organismos mais resistentes e produtivos e o desenvolvimento de terapias personalizadas para doenças genéticas. Mas é essencial que as empresas, indústrias do setor, atuem com responsabilidade ética, considerando os impactos no meio ambiente, na biodiversidade e nas pessoas. Transparência, regulação adequada e diálogo com a sociedade são essenciais para diminuir riscos e trazer benefícios duradouros.
9-A nanotecnologia está transformando a indústria. Em sua opinião, quais setores econômicos serão mais impactados pela nanobiotecnologia e como as empresas podem se preparar para essa revolução?
R: Os setores de saúde, dos cosméticos, da agricultura e energia, serão diretamente os mais impactados pelas nanobiotecnologias. Para se prepararem, as empresas devem investir em pesquisa, colaborar com universidades, acompanhar as exigências regulatórias e fomentar uma cultura de inovação contínua dentro de suas organizações-indústrias.
(Continua na parte 2…)
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