Funil da inovação: o modelo que transforma ideias em resultados concretos – Com Charles Schweitzer

Como estruturar o funil da inovação para que suas ideias virem métricas de sucesso e ativos reais

Desde o primeiro momento em que uma empresa se propõe a inovar, surge um grande desafio: como conduzir o fluxo criativo até que ele gere valor imediato e mensurável?

O funil da inovação é o caminho que transforma ideias em resultados concretos. Entender esse percurso permite estruturar com clareza a governança de inovação e as métricas de inovação que realmente importam.

Por que medir a inovação com o funil da inovação

Imagine uma fábrica de ideias. Milhares de conceitos são lançados ao ar, poucos testados, menos ainda aprovados e raríssimos viram ativos da empresa.

Sem controle, esse universo se torna caos, desperdício ou “inovação por fazer”. O modelo proposto por Charles Schweitzer sugere que a jornada seja dividida em três níveis essenciais:

  • Número de ideias testadas (podendo vir de intraempreendedorismo ou open innovation)
  • Quantidade de ideias com KPIs positivos
  • Quantidade de ideias que receberam rollout e viraram ativos ou processos implementados

Assim, ao invés de focar apenas no ROI final, a empresa mede o progresso ao longo do funil. Isso permite reconhecer onde está a ineficiência e onde as ideias começam a ter indicadores de sucesso.

Esse foco nas etapas intermediárias entrega visibilidade e disciplina à governança de inovação.

Etapa 1 – Ideias testadas: o volume faz a base

No topo do funil está o “mundo das ideias”. Aqui se executam programas de inovação, hackathons internos, convites a startups. Iniciativas de intraempreendedorismo ou open innovation ganham vida.

Conforme Schweitzer afirma: “inovação, no fim do dia, é sobre resolver problemas reais, de pessoas reais”.

Medir quantas ideias entram nesse funil é fundamental. Sem volume, não há chance de escala. Esse indicador inicial habilita o controle de pipeline e a ideia de que um processo de inovação está em curso, e não apenas intenções isoladas.

Etapa 2 – Ideias com KPIs positivos: validação no meio do funil

Após testar ideias, a próxima fase do funil da inovação consiste em avaliar quantas entregam métricas de inovação que cruzam o limiar de sucesso.

A pergunta central é: quantos pilotos atingiram KPIs positivos? Indicadores como redução de custo, aumento de receita, ganho de produtividade ou engajamento de clientes.

Schweitzer reforça que “todas as inovações devem apresentar KPI’s. Sejam eles positivos, ou negativos. A maturidade de uma área de inovação se provará com o descarte rápido de ideias/inovações que não funcionam para dar lugar a novas ideias/inovações”. (inovabs.com.br)

Portanto, medir essa taxa revela a eficácia do funil intermediário e o funcionamento da validação de ideias.

Etapa 3 – Rollout e ativos implementados: o fundo do funil

No final da jornada está o momento em que a ideia deixa de ser experimento e se transforma em ativo ou processo da companhia. Seja um produto, serviço, nova unidade de negócio ou mudança operacional após o piloto.
Aqui o indicador crucial é: quantas ideias viraram rollout real? Essa etapa mostra se a governança de inovação está de fato gerando valor. Sem rollout, o funil apenas gasta energia e recursos em experimentos com pouca conversão.

Por que esse modelo importa para empresas que querem amadurecer sua governança de inovação

Ao aplicar o funil da inovação, a empresa conquista três ganhos concretos:

  • Transparência no processo: A jornada de inovação deixa de ser um mistério e passa a ser um mapa, do nascimento da ideia à entrega real
  • Disciplina na execução: Investimentos e esforços são guiados por métricas claras em cada etapa
  • Foco no que gera valor: A conexão entre ideias e ativo final se torna visível. Não basta pensar, é preciso entregar

Empresas com governança madura definem orçamento versus incentivos captados como primeiro indicador. Em seguida, aplicam o funil. Como citado na fala de Schweitzer:

“O primeiro, sem dúvida nenhuma, é orçamento vs. incentivos captados. Depois podemos estabelecer um funil: Número de ideias testadas… Número de ideias com KPIs positivos… Número de ideias com rollout…”

Essa arquitetura permite relatórios de impacto e leitura clara do pipeline. Se o topo do funil está saudável, mas a taxa de implementação caiu, o problema está no meio ou no fim do processo. Se o volume está fraco, é hora de reforçar cultura e estímulo.

Quais métricas de inovação usar além do funil

Além dos três níveis principais do funil, empresas maduras adotam indicadores complementares, como:

  • Orçamento de inovação versus incentivos fiscais ou subsídios captados
  • Tempo médio de ciclo de uma ideia até o descarte ou validação
  • Taxa de descarte rápido (ideias abortadas antes de consumir recursos excessivos)
  • Número de unidades de negócio envolvidas
  • Volume de startups e parceiros ativados em estratégias de open innovation
  • Receita incremental ou recorrente gerada por ativos implementados

Armadilhas comuns no funil da inovação – e como evitá-las

Erro clássico: focar no volume de ideias sem acompanhar a taxa de sucesso. O funil pode estar cheio no topo, mas vazio na base. Outro equívoco: não definir critérios para a transição entre fases, o que gera paralisia ou desorganização.

Schweitzer lembra que a segurança psicológica é parte do jogo: “Inovação é território desconhecido. Então, qual a segurança psicológica que os colaboradores têm para testar algo novo de fato?”
Ambiente seguro para errar rápido, orçamento controlado e indicadores claros fazem parte da governança eficaz.

Como implementar o funil da inovação na sua empresa

  1. Estabeleça ou revise o orçamento de inovação e identifique os incentivos possíveis
  2. Defina o volume mínimo de ideias a serem testadas por área ou trimestre
  3. Crie metas de KPIs claros para cada tipo de projeto
  4. Estruture o processo de rollout com critérios bem definidos
  5. Construa um painel de acompanhamento das taxas de conversão por etapa

Como mensurar o impacto e amadurecer sua governança

Ao aplicar o funil da inovação, sua empresa começará a gerar dados valiosos. Com esses dados, vêm decisões mais acertadas.

Você entenderá onde acelerar, onde cortar, e onde ampliar esforços.
E mais importante: sairá do discurso para a ação. Afinal, o que não se mede, não se gerencia.

Se você busca tornar seu programa de inovação mais estratégico, sustentável e mensurável, o funil da inovação é o modelo certo. Estruture sua governança.

Avalie suas métricas de inovação. Valide as ideias certas e transforme inovação em ativo real.

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Charles Schweitzer

Quando o assunto é inovação, Charles Schweitzer é uma das vozes mais respeitadas do Brasil.

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