Do discurso à prática: 3 pilares para que o ESG seja parte do negócio e não só do marketing – Com Paula Mazzola

O ESG estratégico nasce quando há coragem para sair da vitrine e mergulhar na essência: conectar impacto e valor com verdade e propósito.

“O ESG que realmente transforma exige maturidade, coragem e comprometimento genuíno.”

Nos últimos anos, o ESG estratégico se tornou onipresente nas conversas corporativas. Está nos relatórios anuais, nas campanhas publicitárias e nos discursos de liderança. Mas, na prática, ainda há um abismo entre o que se diz e o que se faz.

Para Paula Mazzola, especialista em sustentabilidade e governança, o desafio está menos em “ter um projeto ESG” e mais em viver o ESG.

 “Não é que falte dinheiro, é que falta conexão honesta entre quem faz e quem financia.”

Essa reflexão resume o que muitas organizações sentem, mas poucas têm coragem de admitir: o ESG não fracassa por falta de recursos, e sim por falta de coerência.

ESG estratégico: menos palco, mais propósito

Um ESG estratégico começa com um olhar verdadeiro sobre o próprio negócio. Não é sobre comunicar o que parece bonito, e sim sobre sustentar o que é correto, mesmo quando ninguém está vendo.

Paula observa que o mercado ainda vive uma contradição: empresas investem milhões em campanhas para parecer sustentáveis, enquanto projetos realmente transformadores ficam de fora por “não caberem no orçamento”.

“Enquanto algumas empresas reorganizam suas estruturas e assumem riscos para consolidar práticas genuínas, outras ainda buscam soluções rápidas e midiáticas”, afirma.

A sustentabilidade não é uma vitrine, é uma raiz. É nela que a credibilidade cresce, silenciosa, antes de florescer em resultados visíveis.

Relatórios da PwC e da Deloitte reforçam essa urgência: mais de 70% dos executivos reconhecem que suas ações ESG ainda não estão integradas ao negócio. O discurso evoluiu. A prática, nem tanto.

O primeiro pilar: educação e maturidade corporativa

Nenhuma mudança é sustentável sem aprendizado. O primeiro dos pilares do ESG autêntico é a educação.

Educar, nesse contexto, não é apenas ensinar conceitos técnicos, mas cultivar consciência. É construir um novo modo de pensar o impacto.

Paula acredita que a maturidade corporativa nasce da humildade em aprender e da paciência em construir. “Credibilidade não nasce do dia para a noite. Como na natureza, o processo é invisível antes de ser visível.”

Formar lideranças conscientes é o ponto de partida para qualquer empresa que queira ser agente de transformação. É a diferença entre “fazer por imagem” e “fazer por essência”.

O segundo pilar: traduzir impacto em valor de negócio

O segundo pilar é o mais desafiador e, talvez, o mais decisivo: traduzir impacto em valor de negócio.

Muitos projetos têm propósito nobre, mas se perdem na comunicação. Faltam métricas, clareza e indicadores que mostrem como o impacto gera retorno. “Muitos projetos não fracassam por falta de valor, mas pela incapacidade de traduzir esse valor em linguagem empresarial”, explica Paula.

Quando empresas entendem que sustentabilidade com dados é o idioma do futuro, o ESG deixa de ser custo e se torna investimento.

O relatório The ESG Imperative, da McKinsey, mostra que companhias com práticas ESG integradas têm 40% mais chances de crescer de forma competitiva e atrair capital de longo prazo.

Traduzir impacto é transformar propósito em argumento. É mostrar que ética e lucro não são opostos, são complementares.

Leia também:O efeito borboleta na educação – Com Paula Mazzola – Palestras de Sucesso

O terceiro pilar: mediação qualificada e conexão humana

O terceiro pilar é a mediação qualificada, e talvez seja o mais humano de todos.

Paula defende que o sucesso dos projetos de impacto depende da capacidade de criar pontes. 

“Falta uma ponte entre os mundos: entre quem idealiza e executa soluções de impacto e quem toma decisões de investimento nas empresas.”

Essa ponte é feita de diálogo, empatia e escuta. De um lado, há pessoas com ideias que podem transformar realidades. Do outro, empresas que querem investir, mas não sabem como avaliar o retorno. A mediação conecta esses universos e traduz expectativas em cooperação real.

Não se trata de burocracia, e sim de confiança. De construir uma linguagem comum entre propósito e performance, emoção e razão.

Sustentabilidade com dados e alma

O futuro do ESG está na soma entre métrica e humanidade. Empresas que mensuram seus resultados e comunicam com transparência ganham credibilidade. Mas aquelas que fazem isso com empatia e propósito ganham algo ainda mais valioso: confiança.

Paula afirma que “um projeto de impacto precisa ser compreendido como investimento, não como custo”. Para isso, é preciso mostrar evidências, e manter a alma por trás dos números.

A sustentabilidade verdadeira não se prova apenas em relatórios, mas nas relações que constrói e na coerência que sustenta.

Como estruturar ESG de forma autêntica e eficaz

Para quem busca sair do discurso e criar um ESG estratégico de verdade, Paula destaca alguns caminhos práticos:

  1. Coloque o ESG no centro das decisões. Ele deve orientar a estratégia, não ser um apêndice.
  2. Crie indicadores vivos. Dados que contem histórias e resultados reais, não apenas números frios.
  3. Eduque suas lideranças. O comportamento dos líderes define a cultura ESG.
  4. Valorize a mediação. Conecte idealizadores, investidores e comunidades.
  5. Comunique com transparência. Mostrar os desafios é tão importante quanto celebrar conquistas.

Essas ações fortalecem não só o negócio, mas a confiança do público, dos parceiros e dos colaboradores.

ESG estratégico é sobre gente, não sobre slogans

O ESG que transforma é o que entende que toda empresa é feita de pessoas e para pessoas. Não é um plano de comunicação, é um pacto de responsabilidade.

Paula sintetiza essa visão com delicadeza e firmeza:

“A verdadeira escassez não está nos recursos financeiros, mas na vontade de construir relações autênticas e estratégias sólidas.”

O ESG que inspira não está nas campanhas, mas nas atitudes. Está nas decisões difíceis, nas conversas honestas e na coragem de fazer o certo, mesmo quando dá mais trabalho.

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Quero uma Palestra de Paula Mazzola

Paula Mazzola é palestrante e especialista em ESG estratégico, impacto social e sustentabilidade corporativa.

Com trajetória sólida em governança, responsabilidade socioambiental e projetos de impacto, Paula tem ajudado empresas a construir estratégias ESG com propósito, credibilidade e resultados reais.

Ela inspira líderes a fazerem menos discurso e mais transformação.

Leve Paula Mazzola para sua empresa e descubra como o ESG pode ser o ponto de equilíbrio entre lucro, propósito e legado.

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Fontes:

Paula Mazzola

Palestrante, comendadora, educadora, escritora e referência em regeneração socioambiental, Paula Mazzola transforma experiências reais em pontes de reconexão entre pessoas, natureza e propósito.

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