Palestras de Sucesso Entrevista Cale Neto – Parte 1

1- Cale, obrigado por estar conosco! Para abrir essa conversa. O que você acredita que falta nos líderes e gestores que vivem sob intensa pressão por resultados e ainda não conseguem transformar suas equipes em times de alta performance?

Obrigado vocês! Sei que a minha imagem está em ótimas mãos. 

 De forma geral falta acreditar verdadeiramente, de forma a viver aquela e querer aquela vitória dia a dia, verdadeiramente. 

 Na mente do gestor a vitória acontece muito antes de se concretizar, a partir do momento que o gestor crê de verdade, todo o time responde de forma diferente e assertiva, pois o capitão tem a certeza da onde está levando o time. 

2-  Você vem de um ambiente onde apenas um vence e todos os outros perdem. Como essa realidade extrema te ensinou sobre meritocracia, trabalho em equipe e liderança sob pressão, e o que o mundo corporativo pode aprender com isso?

É uma maneira dura de enxergar a competição, mas também é uma forma de não se contentar com outro resultado a não ser o que realmente importa, o primeiro! 

 No mundo corporativo a acomodação é algo muito recorrente quando se tem um salário ok e uma função “normal” , mas isso não leva ao crescimento pessoal e nem do time. Cabe ao gestor estimular a vitória dentro de cada colaborador. 

3 – Você costuma dizer que “competir é só o meio, o objetivo é vencer”. Em empresas que evitam metas ousadas por medo de frustrar as equipes, como reverter essa mentalidade sem gerar excesso de pressão?

“Quem colocou as metas não conhece a sua capacidade , voce pode ir muito mais longe“ . 

No mundo da competição a meta é uma ilusão, pois sempre que você vence, em algum lugar tem alguém em uma corrida que poderia ganhar de você. 

Entendo que metas são necessárias, mas também são feitas para serem desafiadas como desafio pessoal. 

Toda pressão é positiva, sem ela não há vitórias importantes, temos que aprender a trabalhar sob pressão, pois ela é parte imprevisível de todo crescimento e toda vitória.

4 – Liderar um time técnico com performance real exige foco, comunicação e controle emocional. Que lições práticas você aprendeu ao chefiar equipes no motocross que podem ser aplicadas imediatamente por líderes corporativos?

São muitas, mas tem algumas chaves e mais importantes como: 

Chefes contaminam seus times positivamente, mas tem dias que o negativo também acontece, nesses dias eu saio de perto do meu time, pois reconheço que mesmo sendo líder naquele momento estou atrapalhando minha equipe.

Então é hora de se afastar para buscar o equilíbrio e a positividade novamente e aí sim voltar. 

Isso não tem um tempo certo, pode durar 10 minutos ou um dia. Depende da hora e do gestor. 

Outra é que a gestão é de pessoas! Logo, não existem duas pessoas iguais, então não existem fórmulas iguais. Conhecer o time de forma individual vai ajudar muito na gestão, pois em alta performance as ordens são retas e diretas para aquela pessoa, e falar na linguagem dela é crucial para o êxito da tarefa. 

5 – O que diferencia, na sua visão, um chefe operacional de um líder que inspira vitórias? 

Basicamente a admiração da equipe pelo líder. 

Ninguém lembra do chefe de uma empresa que estava apenas fazendo sua função para garantir o salário, mas quando o líder inspira e busca o vencedor dentro de cada um, aí sim essa equipe vai admirar e lembrar desse líder para sempre. 

Buscar a vitória dentro de cada um é função do líder.

6 – Autoridade sem credibilidade é perigosa. Como um líder pode construir credibilidade verdadeira com seu time, especialmente após um histórico de falhas?

Admitindo erros, trazendo o time para pensar juntos em fugir das falhas. 

A credibilidade é consequência de pequenos atos de pontualidade, companheirismo, previsibilidade e busca por sucesso do time. 

Crer no time é fundamental para que a credibilidade verdadeira aconteça. 

7 – Sua história é marcada por decisões em momentos críticos, como quando decidiu continuar após a moto cair na água na estreia do time. Como treinar a mentalidade de resiliência sob pressão, sem depender de motivação passageira?

Em grandes projetos, não podemos ter “plano B” 

Eu não decidi continuar, eu apenas não tinha outro plano B , assim a minha única opção era fazer aquele time ser campeão. 

Quando não há outro caminho, não tem por onde a vitória escapar, é só uma questão de tempo. A mente pode ser treinada para isso em pequenos gestos e detalhes. 

Se tem uma tarefa por menor que seja a ser feita, NÃO EXISTE a possibilidade de por algum motivo ela não acontecer. 

Quando a motivação é passageira, quem tem que ganhar é a disciplina de vencer. 

8 – Você falou sobre a glândula pineal como antena de energia. No ambiente corporativo, como o líder pode blindar sua equipe das “frequências negativas” que afetam o foco e o clima organizacional?

Sabendo identificar de onde vem essa negatividade e entendendo o por que ela está acontecendo naquela pessoa. 

Cortar essa pessoa é a última da última opção, pois a negatividade muitas vezes é um estado momentâneo e não algo daquela pessoa.

9 – Você afirma que em dias difíceis prefere se afastar para não contaminar o time. Como identificar quando o líder precisa dar um passo atrás em vez de “forçar a liderança”? 

Humildade e autoconhecimento. 

É muito difícil para um líder reconhecer que não está bem, isso não pode ser passado ao time, líderes são exemplos, e exemplos não podem ser fracos. Aceitar que estamos em um dia ruim é uma situação de humildade em que o autoconhecimento ajuda muito a entender esse dia. 

10 – No motocross, o piloto que para para olhar o celular perde a corrida. No mundo corporativo, qual é o verdadeiro custo da distração digital e como os gestores podem reeducar seus times sobre uso consciente do tempo?

Novos tempos! O time tem que entender que tudo é sobre o tempo! 

Tudo tudo!  Logo o tempo da distração é um tempo perdido! 

E quem perde tempo perde a competição da vida, pois alguém ganhou esse tempo de você. 

11 – Sua analogia com o tempo é poderosa: todos têm as mesmas 24 horas. Que práticas de gestão de tempo você aplica com seus times de alta performance que também funcionam em equipes comerciais ou operacionais?

Saber separar tempo para tudo, o tempo bem organizado é o que traz mais performance. 

 Organização não é somente para coisas materiais, mas para o tempo também! Escrever quanto tempo você precisa para aquela tarefa e organizar ela na sua cabeça antes de começar é uma delas. 

12 – Você conseguiu grandes resultados sem ter a melhor moto, estrutura ou patrocínio. Como usar isso para inspirar empresas com menos recursos a buscarem excelência com o que têm hoje?

A vitória está em tudo! Mas ela sai de uma boa mente. 

Uma mente forte, clara , descansada e vencedora vai trazer muito mais resultados do que grandes estruturas. Cuidado com a mente do time é o que mais trará resultados. 

13 – O que fazer com colaboradores que têm talento, mas se sabotam ou vivem presos à mediocridade por falta de propósito ou autoestima?

Nesse caso o desafio está em aguçar a vitória dentro deles, a falta de propósito é normal quando não sabemos o gosto da vitória, pois é um gosto maravilhoso e viciante! 

 A grandeza da vitória faz desaparecer a mediocridade de não querer competir. 

(Continua na parte 2…)

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Cale Neto

Transforme sua equipe em uma máquina de vitórias com quem vive a pressão do topo.

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