1- Dr. Paulo, obrigado por estar conosco. Como a combinação entre neurociência, medicina e liderança moldou sua forma de pensar e agir na vida e nas palestras?
A compreensão de princípios de neurociência aliada aos conceitos mais avançados de liderança, trazidos de Harvard, me possibilita uma leitura mais precisa da situação, por mais tensa que seja, bem como a utilização de meios que sejam mais naturalmente aceitos pelo cérebro, quebrando objeções com maior facilidade.
2-Muitos profissionais performam bem por um tempo, mas não conseguem manter o ritmo. Qual é o segredo para sustentar alta performance sem entrar em exaustão?
Balanço adequado entre estudo, exercício profissional, sono, crononutrição, atividades de mindfulness e de preparo físico são fundamentais para performar sempre em alta performance.
3-Viver mais não significa viver melhor. O que realmente faz diferença para garantir uma vida longa com independência física e mental?
Temos que ter em mente que construímos quem seremos em 15-20 anos com os nossos hábitos de hoje. o que fazemos hoje refletirá o grau de independência futura que teremos. essa consciência faz toda diferença.
4-Para quem nunca ouviu falar, quais são exemplos simples e seguros de biohacks que já podem melhorar energia e foco?
Veja o exemplo simples da água gelada. boxeadores quando vão para o intervalo entre os rounds, tem imediatamente compressas geladas – ou gelo mesmo- aplicados na face, no peito ou nas costas. este simples biohack reduz imediatamente a frequência cardíaca e os níveis de noradrenalina, trazendo o córtex pré frontal e a racionalidade de volta ao jogo, tirando o indivíduo do modo instintivo de luta ou fuga.
5-Como entender o funcionamento do cérebro pode transformar a forma como líderes tomam decisões e inspiram equipes?
Líderes excepcionais são aqueles que sabem ler o momento de sua equipe, ler as características de cada indivíduo, e não exigir, mas possibilitar, que aquele indivíduo performe no seu máximo. O máximo do indivíduo A, não será o mesmo que o do B, mas o que importa, no fim, é que cada um dê seu máximo.
Isso auxilia na tomada de decisões, na delegação de tarefas para indivíduos capazes de executá-las, reduzindo o estresse do ambiente.
Além disso, o processo de tomada de decisões deve transmitir à equipe que o que cada um colaborou foi considerado e é parte da solução criada, trazendo uma sensação de unidade e colaborando para a criação do espírito de corpo.
6-Quais estratégias neurocientíficas ajudam a manter clareza e evitar erros quando cada segundo conta?
Principalmente a fragmentação de tarefas em problemas em tarefas menores.
7-Você fala sobre hacks neurocognitivos para aprender mais rápido. Quais técnicas funcionam melhor para profissionais com agendas cheias?
Organização de horário, tempo programado livre de distrações e notificações, manejo de estresse, etc.
8-Como identificar sinais precoces de desgaste mental antes que eles prejudiquem resultados e relações?
Autoconhecimento, medidas de benchmark objetivas.
9- O que a ciência já sabe sobre manter o cérebro e o corpo energizados durante toda a jornada de trabalho?
Muito. tanto na pesquisa da individualidade quanto nas medidas que são adequadas baseadas justamente nessas particularidades, gerando intervenções no estilo de vida, alimentação, etc.
10-Quais ajustes simples no ambiente de trabalho podem turbinar o desempenho cognitivo?
Ajustes de iluminação, isolamento acústico, som ambiente, etc
11-Quais hábitos têm o maior impacto para evitar doenças como diabetes, hipertensão e Alzheimer, segundo as evidências mais recentes?
Redução (ou eliminação) do consumo de ultraprocessados, açúcar simples, atividade física, etc.
12-Quais lições do treinamento militar se aplicam diretamente ao mundo corporativo para lidar com crises e alta pressão?
Desenho claro de objetivos a serem cumpridos, diferenciação entre tática e estratégia, fragmentação de objetivos maiores em menores
(Continua na parte 2…)
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