Alexandre Kalache é palestrante e presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (International Longevity Centre Brazil – ILC-BR). Se trata de uma organização da sociedade civil, integrante da rede global de International Longevity Centers (Global Alliance of ILCs).
A missão da entidade é “propor ideias e diretivas para políticas públicas intersetoriais, voltadas ao envelhecimento populacional, fundamentadas por práticas e pesquisas internacionais, de modo a contribuir para o Envelhecimento Ativo.” Há décadas sendo um profundo estudioso do tema envelhecimento, Alexandre Kalache é referência no assunto em nível mundial.
Sendo médico e gerontólogo, Alexandre Kalache também é PhD em Epidemiologia pela Universidade de Oxford e foi o fundador da Unidade de Epidemiologia do Envelhecimento da Universidade de Londres.
Também foi ele o criador do primeiro mestrado em Promoção da Saúde da Europa e o responsável pelo Programa de Envelhecimento e Longevidade da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Estilo das palestras de Alexandre Kalache
Com empatia, sensibilidade e tato com as palavras, as palestras de Kalache refletem bem a experiência de quem idealizou e segue realizando projetos baseados no Envelhecimento Ativo, com autonomia e independência.
Alexandre traz em sua bagagem uma experiência de 32 anos morando entre Inglaterra e França, e a história de quem foi militante estudantil na ditadura.
Ao longo de quarenta anos, Dr. Kalache vem fazendo com que sua formação médica, epidemiológica e gerontológica seja colocada em prática por meio de suas atividades em pesquisa, ensino e ativismo – particularmente quanto a salientar a importância global do envelhecimento populacional. Através de sua determinação e persistência, ele vem contribuindo significativamente para uma mudança de percepção, atitudes e valores quanto ao envelhecimento – tanto no Brasil como internacionalmente – em particular pelo enfoque positivo em relação à longevidade e à abordagem do “curso de vida”, no que toca à saúde e ao envelhecimento.
Público-alvo
Médicos, professores, universitários, idosos, mulheres, homens, profissionais da saúde e público em geral.
Palestras e conteúdos de Alexandre Kalache
“A Revolução da Longevidade”
Implicações para a sociedade como um todo
Nos últimos 50 anos o brasileiro ganhou em torno de 30 anos de expectativa de vida. Hoje contamos com cerca de 14% de pessoas com mais de 60 anos em nossa população, antes de 2050 esta proporção chegará a mais de 30%. Somente um país no mundo chegou a este marco simbólico – o Japão, portanto o país mais envelhecido do mundo. O Brasil será um grande Japão nas próximas três décadas.
É neste contexto que precisaremos nos preparar para o envelhecimento o que implica em um esforço coletivo no nível de:
- Preparo individual, a responsabilidade de cada um de adotar estilos de vida saudáveis e, sempre que possível pensar nas finanças e na previdência;
- Setor público, adequando e implementando políticas que possibilitem às pessoas manterem-se acima do limiar da incapacidade, promovendo o aprendizado ao longo da vida (para que as pessoas continuem produtivas e se adaptando à Revolução Tecnológica que já experimentamos);
- Setor privado – pois os recursos para políticas sociais, já sabemos, estão sob pressão e não vão dar conta isoladamente;
- Mídia – que necessita ser incentivada a abordar o tema “envelhecimento” de forma apropriada, difundindo conceitos e aumentando a percepção da população de que envelhecimento é um tema que concerne a todos (vide meu programa semanal há mais de três anos, o CBN50+);
- Sociedade Civil – incentivando práticas sustentáveis e fazendo a “advocacy” para que a Longevidade penetre em todos os setores.
O palestrante Alexandre Kalache costuma dizer que para envelhecer bem é necessário acumular os 4 capitais que tanto influenciam nossa trajetória. Que deixou de ser uma corrida de cem metros (vidas curtas!!) para se transformar em uma maratona: o capital vital (saúde), de conhecimentos (aprendizado ao longo da vida), de relacionamentos (contarmos com amigos, familiares, vizinhos, que nos deem suporte e nos assistam quando necessário for) e o capital financeiro (para aqueles com o privilégio de o poderem fazer, em um país com as taxas de desemprego que temos hoje, não está fácil).